Em
dia com o Machado 140 (jlo)
Mal convalescia
o público espírito do abalo que lhe proporcionou a notícia dos escândalos da
Petrobras e de outras empresas públicas, surgia, no Distrito Federal, a notícia
de que o dinheiro dos salários de professores, segurança e saúde fora retido
para fazer caixa nas contas públicas federais. Para o leitor ou a leitora de
outros estados, esclareço que essa verba é constitucionalmente repassada ao
governo local de Brasília pela Administração Federal.
Nem bem o povo candango (nome originariamente atribuído
aos operários que vieram do Nordeste para construir Brasília ou aos primeiros
habitantes da Capital Federal) ruminou as primeiras informações de jogadas
político-econômicas para livrar da acusação de improbidade a Administradora
suprema da nação, eis que a imprensa brasileira denuncia rombos rotundos nas
contas do ex-governador, aliado do Governo petista, disfarçados em tentativas
de corromper o atual governador com gastos milionários destinados à sua
residência oficial em Águas Claras, prontamente rechaçadas pelo nobre Rodrigo
Rollemberg, atual Governador.
Cuidado, Governador, as ciladas e os amigos da onça multiplicar-se-ão em teu Governo de
tal forma que, se não te apegares a Deus de toda a tua alma e de todo o teu
coração, serás mais um defenestrado do cargo, como já virou moda no DF.
Cerca-te de administradores e servidores que sejam altamente honestos,
competentes e que não apenas finjam ser tais, para que a má fama da Capital
Federal seja definitivamente separada do currículo dos políticos corruptos que
para cá venham.
A coisa está cinza. Atualíssima, minha crônica de 21 de
julho de 1878 prediz: "Nas Câmaras, os deputados deixarão o recinto quando
se discutirem os projetos, e entrarão unicamente para votá-los [... ]". Que
"Deus não permita, ao menos nestes séculos mais próximos".
Por
via das dúvidas, alerto à amiga leitora e ao não menos amigo leitor para não
fazerem o que o Governo Federal, os Governos estaduais e as Câmaras municipais
vêm fazendo: superfaturando contratos, corrompendo aliados, enviando mares de
dinheiros para o exterior e queimando oceanos de petróleo sob as nossas ventas,
entre outras mil estrepolias.
Ah, você quer imitar o que eles
fazem, pois isto é Brasil? Não é não. Pelo menos agora que "nunca como
antes neste país" a presidenta e seus ministros se comprometem tanto a prender
corrompedores e corrompidos. Se ainda duvida, leia o singelo poema em
redondilha maior que este seu amigo Machado, por intermédio da intuição a seu
secretário lhes envia, intitulado:
Atraso
de pagamento
Na
vida tudo tem tempo:
Há
tempo de receber,
Como
há tempo de pagar,
Só
não posso me esquecer...
Pois
senão vou me lascar
E
ainda dou mau exemplo
Se
não pago meus impostos
Como
o dízimo do templo...
Mas
o governo, porém,
Mexe
até com caixa dois...
Retém merreca do povo
Que
promete pra depois...
Depois
de fingir que tem
Dinheiro
do proletário
E
superávit em contas,
Adia
o nosso salário...
Mas
vai pagar com atraso
A
conta de outro domínio,
Como
a da luz ou do gás...
Não
pagues teu condomínio
E
te verás em perigo.
Apenas
de uma tacada,
Ficarás
sem gás em casa,
Tua
luz será cortada...
A
taxa de condomínio,
Nem
penses em atrasá-la,
Pois
terás como inimigo
O
SPC ou a Serasa.
Entretanto,
meu amigo
E
amiga do coração,
Ao
teu salário atrasado,
Nem
um "p" de correção!
Despeço-me com a frase lapidar que a Excelentíssima Presidenta da República Federativa do Brasil atirou sobre um
atônito e tonto país: "Brasil, pátria da educação!"
P.s.: Acaba de ser divulgado que, no
exame do Enem deste ano, 529.000 redações alcançaram a nota zero. Quanta
imparcialidade na correção feita por esses desalmados
professores. Seria tão simples aprovar esses textos; bastaria que atribuíssem
um pontinho a quem soubesse escrever, pelo menos, o título da redação.
Parabéns, presidenta!...
Parabéns, presidenta!...
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