Em dia com o Machado 281 (Jó)
Estive
dando uma volta por aí. Sabe o que encontrei, amigo Joteli? Uma exposição de
artes que faria vergonha à artista plástica Anita Malfatti quando ela expôs, em
São Paulo, no ano de 1917, suas 53 obras com pinturas à moda da vanguarda
europeia. Seu trabalho deu início às pinturas cubista e expressionista no
Brasil; entretanto, Monteiro Lobato, ao avaliar a exposição da jovem pintora, publicou
artigo intitulado “Paranoia ou Mistificação?”, com apropriadas críticas às
pinturas de Anita, no meu entendimento.
Como
transito livremente do passado ao futuro, fui ver a atual exposição Queer museum:
cartografias da diferença na arte brasileira,
do Santander, no Rio Grande do Sul, neste mês. O
homem nu de costas, da tela intitulada “Torso/Ritmo”, pintada por Anita, em
1915- 16, coraria de vergonha ao virar-se e ver o atual quadro exposto: não o
simples nu artístico, mas cenas de sexo explícito depravado.
Imagine, amigo, o que pensaria uma criança
vendo as cenas devassas da amostra gaúcha. As imagens sodomasoquistas são pintadas em quadros que induzem pessoas
alienadas moralmente a considerar normal o que, desde sempre, é julgado imoral...
O Santander agiu bem em cancelar tais
exposições, após o clamor social indignado contra essas aberrações,
consideradas por seus cultivadores como “obra de arte”. A própria coordenadora
do Movimento Brasil Livre (MBL), Paula Cassol, afirmou não entender “isso como
obra de arte”. E disse também que nossas crianças não podem ficar expostas a
tais desvios da sexualidade.
Antes de qualquer manifestação contra sua
ideia, considerando que, atualmente, toda criança pode ter acesso aos mais
diversificados tipos de publicação na internet, explico por
que sou contrário a tal opinião.
Uma coisa é a liberdade de informações e vídeos
publicados pela rede mundial, cabendo aos pais e responsáveis bloquear o acesso
a tais programas por seus filhos incapazes; outra, bem diversa, é expor em
quadros, publicamente, representações de atos de zoofilia, pedofilia, sadismo e
masoquismo.
Quando esses lixos culturais forem lançados ao
monturo, de onde nunca deveriam sair; quando as pessoas de bem, enojadas dessas
perversões morais, se unirem contra isso; quando a arte sadia for restabelecida
como manifestação do belo, a época atual será tida como a Idade das Trevas Artísticas.
É por isso que lhe anunciei, em crônica
passada, a reencarnação dos verdadeiros gênios das artes... Muitos deles, ainda
crianças, já se manifestam, em diversos vídeos do YouTube, deixando pasmos os apresentadores
de talk show.
As exposições atuais de obras pornográficas vão
passar. Em seu lugar, voltarão as belas e eternas obras do espírito,
verdadeiras manifestações culturais de um mundo que já caminha para a superação
da animalidade.
Essa certeza, amigo Joteli, você terá com a
seguinte afirmação de Allan Kardec: “Assim como
a arte cristã sucedeu à arte pagã, transformando-a, a arte espírita será o complemento
e a transformação da arte cristã”.
Eu apenas substituiria “arte espírita” por
“espiritualista”, na qual se insere aquela. Pintura de qualidade é o que se
pode ver neste link: http://www.pinturasemtela.com.br/almeida-junior-pintor-brasileiro-do-realismo-e-naturalismo/.
No campo da música, clique aqui e assista à
apresentação de duas cantoras mirins reencarnadas, que nos brindam com sua linda interpretação:
https://www.youtube.com/watch?v=TnbuJpiAUnI.
— É...
Machado, pelo visto, você ainda está na época do realismo!
— Antes,
nunca a tivéssemos deixado, Joteli. “Pelo motivo real de que o homem só
comemora e ama o que lhe é aprazível ou vantajoso, e pelo motivo racional de
que nenhuma pessoa canoniza uma ação que virtualmente a destrói” (Quincas Borba).
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