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terça-feira, 28 de agosto de 2018


Em dia com o Machado 330 *jó*
Aproxima-se o tempo...

Ante a perplexidade do cidadão brasileiro sobre o império do materialismo no mundo e suas consequências, estive conversando telepaticamente com Machado de Assis, o Bruxo do Cosme Velho. Agora vou brindar o leitor amigo com o conteúdo de nosso diálogo.
— Machado, que você pensa dessa revolução educacional e social, em nosso país, com fulcro nas ideologias materialistas e niilistas?
— Resultado da falência das religiões. Entretanto, Cristo está presente e atento, como Bom Pastor que é, a serviço do Senhor do Universo. Como você sabe, desde meados do século XIX, as estrelas do espaço movimentam-se por toda a Terra, para o combate derradeiro contra os agentes do mal e a implantação definitiva do Reino de Deus entre nós.
— Mas, então, como se explica essa inversão terrível de valores no mundo físico? Percebe-se o recrudescimento das intenções de impor o comunismo materialista ao “Coração do Mundo, Pátria do Evangelho”, como o Espírito Humberto de Campos definiu o Brasil, pela psicografia de Chico Xavier.
— Conforme já lhe comuniquei mentalmente, Jó, as teorias materialistas vêm influenciando muitos Espíritos, tanto do lado de cá, quanto do seu lado. Já há quem imagine que o homem possa tornar-se Deus, cuja existência única é negada, entre outros, por Yuval Noah Harari em obras de grande erudição, mas com desprezo total à Revelação do século XIX. Suas obras Sapiens e Homo Deus já venderam mais de dois milhões de exemplares, mas em breve ele conhecerá a Verdade libertadora... É mais um iludido por Karl Marx...
— Concordo, Machado, as ideias de Marx prosseguem devastando a Terra.
— É verdade, amigo Jó, a proposta desse cidadão alemão é tão absurda que jamais deu certo. Ele parte da concepção de que tudo no mundo é matéria. Faltou-lhe a base religiosa, da qual descria, devido às extrapolações hermenêuticas dos pretensos representantes divinos.
— Amigo Bruxo, o materialismo está de tal modo imperando na Terra que até os cursos de filosofia enfatizam os teóricos do niilismo, aos quais dão primazia nas salas acadêmicas. Seus adeptos empenham-se tenazmente para que o mundo se reduza demograficamente a tal ponto que, no futuro, somente os mais fortes e espertos sobrevivam. Agem como verdadeiros animais, qual se sentem, sem qualquer preocupação com o que venha após sua breve existência na Terra.
— Destruindo a vida alheia, Jó, eles imaginam desfrutar os bens econômicos à volonté. Exatamente por não verem sentido na vida, tais pessoas tudo fazem para a população mundial se autodestruir. Enquanto estão na matéria, desejam explorar todo tipo de prazer, sejam quais forem as consequências de seus atos. Desse modo, ética, honestidade, pudor, trabalho, mérito, família, tudo perde o sentido. Afinal, dizem, qual a finalidade da vida? Nenhuma, pois tudo começa e termina na matéria. Então, vamos aproveitar.
— Por isso mesmo, tudo que puderem fazer para extinguir a vida no planeta eles farão, não é mesmo, amigo Bruxo?
— Com certeza, Jó. Mas a de outrem, não a sua. Por isso, incentivam o controle da natalidade. Essa tal de identidade de gênero, que vem sendo imposta como disciplina escolar, é uma forma de dizer às crianças para darem vazão aos seus instintos animais. Com isso, ao crescerem, não mais terão a preocupação de se reproduzirem, e a taxa de natalidade reduzir-se-á a tal ponto que, em alguns séculos, já não haja mais rendas per capita por falta de capita.
— Lá vem você com trocadilhos, Machado. Outra ideia “genial” dessas mentes doentias é a da defesa dos corruptos poderosos, aos quais são proporcionadas todas as regalias e protelação de punições. Drogas, armas, defesas de direitos humanos, em prol exclusivo de bandidos, são seus fortes instrumentos de apoio ao assassínio diário, no país, de centenas de cidadãos desarmados. Com isso, previnem-se de acabarem com a corda no pescoço.
— Amigo Jó, nem mesmo as crianças são poupadas da sanha criminosa dessas mentes doentias. Vira e mexe, aparece um jogo eletrônico incentivando os infantes a automutilarem-se e praticarem o suicídio. Que os pais fiquem atentos...
— Onde vamos parar com tudo isso, Machado?
— A questão não é saber onde vamos parar. É, sim, a de parar com isso. Para tal fim, é preciso que todos os homens de bem se unam em torno das verdades eternas, postas por Deus ao alcance de quem as queira descobrir, independente das querelas religiosas, quais sejam:
1ª) A existência dessa “Inteligência Suprema, Causa Primeira de todas as coisas”, à qual Jesus nos fez conhecer como Espírito e Nosso Pai. Assegurou-nos o Cristo que também somos espíritos, filhos divinos e, pois, irmãos que devemos nos amar e não nos destruirmos.
2ª) A certeza de que as Leis de Deus estão impressas em nossa consciência. Como Ele é Perfeito, também o são suas Leis, que nos julgarão sempre conforme nossos atos e nos darão o céu ou o inferno onde estivermos...
3ª) A convicção de que somos imortais, assim como tudo na Criação de Deus e, portanto, ainda que a nosso contragosto, não nos extinguiremos, como espíritos, jamais, pois há três elementos eternos na natureza: Deus, espírito e matéria.
Conclusão, Deus é o Alfa e o Ômega da vida universal. Tudo provém d'Ele e para Ele retorna. Esse Espírito Paternal, Senhor do Universo, criou os reinos mineral, vegetal e animal (ânima). Ao ânima é acrescido o princípio espiritual, fim para o qual tudo converge e para que desfrutemos da alegria de ser, um dia, com o Pai, princípio e fim de tudo que existe, espíritos cocriadores e não destruidores de Sua Obra, criada pelo Amor e para o amor. Creiam ou não nisso os materialistas, jamais se conseguirá destruir o que é indestrutível e se transforma eternamente. Aí está o sentido da vida, tão negado pelos cegos doutos de todos os tempos.
Sabendo disso, somente seremos felizes, de fato, obedecendo à regra áurea instituída pelo Cristo, em Mateus, 7: 12: “Fazei aos outros tudo o que desejais que eles vos façam [...]”.
— Concordo plenamente, Bruxo. Se não queremos que nos matem, não devemos matar. Se não aceitamos o roubo, jamais roubemos. Se discordamos em dispor aos ociosos os bens que adquirimos ao longo de muitos anos de trabalho, não incitemos ninguém a desapropriar os bens alheios. Se desejamos ser felizes, trabalhemos pela felicidade alheia.
— Entretanto, Jó, se para alguém, ainda assim, nada disso faz sentido, tal pessoa rir-se-á de seus conselhos.
— Que ria, amigo Bruxo. Também riram do Cristo quando Ele disse que voltaria três dias após a “destruição do templo sagrado” ao referir-se à morte física que lhe dariam. E voltou mesmo.
— Não somente voltou no seu tempo, Jó, como também prometeu retornar quando a iniquidade no mundo atingisse as raias do absurdo, como ocorre nestes dias. Será o tempo da separação das ovelhas e dos bodes (Mateus, 25: 21 a 46). Nesse dia, o Reino Divino estará sendo implantado definitivamente na Terra.
Na próxima crônica eu explico o sentido dessa parábola ao amigo leitor.

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