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sexta-feira, 18 de janeiro de 2019



Em dia com o Machado 350 )jó(

Amigos, em sua palestra de domingo, 6 de janeiro de 2019, na Federação Espírita Brasileira, em Brasília, Marta começou falando sobre a diferença entre o ateu materialista, e o espiritualista materialista.
Infelizmente, algumas pessoas, mesmo sendo possuidoras de elevados conhecimentos espirituais, deixam-se levar pelo imediatismo da vida e tornam-se consumistas irrefreáveis das coisas materiais, como quem gasta o que tem e o que não tem no comércio e se justifica com a seguinte frase: “Eu mereço”. Atitude como essa pode ser motivada por desequilíbrio mental. Não deixa de ser também o egoísmo elevado à quinta potência, quando já se tornou, há tempo, egocentrismo.
Se tais pessoas refletissem um pouco, e desejassem de fato atentar para a realidade da vida, que transcende muitíssimo cada existência física na Terra, esforçar-se-iam na prática de alguns princípios básicos, contidos nos evangelhos. Com estes princípios, recomendados pelo Cristo, evitariam seu desequilíbrio mental de tão nefastos resultados:
• primeiro: “Não ajunteis tesouros na Terra, onde a traça e a ferrugem tudo consomem, e onde os ladrões minam e roubam” (Mateus, 6:19);
• segundo, continuação do primeiro: “Mas ajuntai tesouros no Céu, onde nem a traça nem a ferrugem consomem, e onde os ladrões não minam nem roubam” (Mateus, 6:20);
• terceiro e último: “Amai a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a vos mesmos” (Mateus, 22:37 a 39).
Informou-nos, ainda, Marta Antunes que no Brasil milhares de pessoas suicidam-se devido à miséria; mas em países como Finlândia, Japão e Suíça, nos quais quase nada falta às pessoas, o suicídio decorre de outros fatores. O principal: fastio. A causa: desesperança de algo melhor para suas existências materiais. Muitas pessoas perderam a fé, que as religiões convencionais não preenchem de modo lógico.
Por outro lado, segundo a expositora, as crianças atuais são potencialmente dez vezes mais inteligentes do que seus pais, em virtude dos avanços tecnológicos e da evolução intelectual dessas almas. Em geral, os adultos utilizam dez ou doze por cento de seu cérebro; tais crianças têm potencial para desenvolvimento cerebral de trinta por cento.
Resultado: as crianças não mais se submetem à autoridade de pais e responsáveis com base em ordens que não sejam justificadas. A tudo o que lhes é dito, exigem o porquê disso. Como os pais estão cada vez mais ausentes do lar, e muitos estão separados, ainda que encham os quartos dos filhos de brinquedos, também o índice de suicídios de crianças e jovens cresceu enormemente nos últimos anos. Falta-lhes amor.
Isso já fora previsto por diversos Espíritos, segundo publicou Allan Kardec, na Revista Espírita de outubro de 1866. Inicialmente, somos informados de que

A vida espiritual é a vida normal e eterna do Espírito e a encarnação é apenas uma forma temporária de sua existência. Salvo a vestimenta exterior, há, pois, identidade entre os encarnados e os desencarnados; são as mesmas individualidades sob dois aspectos diversos, ora pertencendo ao mundo visível, ora ao mundo invisível, encontrando-se ora num, ora noutro, concorrendo, num e noutro, para o mesmo objetivo, por meios apropriados à sua situação (KARDEC, A. Revista Espírita - out. 1866. Trad. Evandro Noleto Bezerra, FEB, p. 393).

Quanto à triste realidade que vivemos, atualmente, em que as famílias se desagregam em virtude do apego excessivo à matéria, que passa pelo desvairamento das paixões animalizadas, lemos esta verdadeira profecia de um Espírito, registrada pelo Codificador da Doutrina Espírita:

Infelizmente, por desconhecer a voz de Deus, a maioria persistirá em sua cegueira e sua resistência marcará o fim de seu reino por lutas terríveis. Em seu desvario, eles próprios cavarão a sua ruína; impelirão à destruição, que engendrará uma porção de flagelos e calamidades, de sorte que, sem o querer, apressarão o advento da era da renovação. E como se a destruição não marchasse bastante depressa, ver-se-ão os suicídios multiplicando-se em proporção nunca vista, até entre as crianças. A loucura jamais terá ferido maior número de homens que, mesmo antes da morte, serão riscados do número dos vivos. São esses os verdadeiros sinais dos tempos. E tudo isto se realizará pelo encadeamento das circunstâncias, assim como dissemos, sem que em nada sejam derrogadas as leis da Natureza (Idem, p. 405).

Amigos, eduquemo-nos ante a revelação espírita, promanada dos emissários do Cristo. Eduquemos igualmente nossas crianças, a fim de que possamos ultrapassar, sem pranto e ranger de dentes, este tempo de transição pelo qual a Terra passa e herdar o Mundo feliz prometido por Jesus. Muita paz!

Nota do autor: Nossa crônica, mimese do estilo machadiano, mistura ficção com realidade. Cabe ao leitor diferençar uma da outra.

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