Em
dia com o Machado 111 (jlo)
Leitora
amiga, meu bom leitor, em minha última crônica, prometi-lhes que abordaria as
crônicas mediúnicas recebidas pelo Chico. Hoje, Joteli deveria postar
“Comunicar é preciso XVI” e tratar sobre “paralelismo” frasal, porém, a meu
pedido, cedeu seu espaço para nova crônica; pois estou um pouco “aperreado”, nestes
dias, com a leitura das obras franciscanas, e tirei o tempo para escrever-lhes
estas mal traçadas linhas.
Há
algum tempo, houve um concurso para mudar a letra do hino nacional brasileiro.
Na época, nenhuma proposta fora suficientemente criativa e inspiradora para
substituir tão elevada composição do espírito...
Nosso
hino canta a placidez de nossas margens, que ouviram do Ipiranga o brado de D.
Pedro I, confundido com o do povo; enaltece o “sol da liberdade” e o braço
forte da igualdade brasileira.
Nosso
hino exalta o desafio feito por nosso peito à própria morte e oferece duas salvas à
pátria amada, idolatrada, ainda que nem todos conheçam a letra do seu hino nacional.
Nosso
hino aponta o símbolo da cruz no céu risonho e límpido do Brasil, “um sonho
intenso”. E eis aqui o primeiro problema: precisamos acordar para ver o “raio
vívido” de “amor e de esperança”, que à terra desce.
Sim,
o Brasil é “gigante pela própria natureza”, é “terra adorada entre outras mil”, é “gentil”, é pátria “idolatrada”... Mas, caramba! não pode ficar “deitado
eternamente em berço esplêndido”, precisa levantar, pois até o baiano já se
cansou de ficar na rede e se ergueu para pegar a nota perdida de cem reais que
viu a três metros de onde estava.
É
bem verdade que, primeiro, orou para ver
se Deus mandava um ventinho soprá-la para perto de si; mas, vendo que seu
primeiro esforço fora inútil, fez nova força, desceu da rede, dirigiu-se até a
cédula, abaixou-se, pegou a nota, colocou-a no bolso e...
Outra
coisa, por que só “paz no futuro e glória no passado”? Queremos também a glória
no presente.
E,
para finalizar, nada de enaltecer a luta contra a “clava forte” erguida por
seus irmãos, cultuemos a paz, a igualdade e a fraternidade, junto com o
trabalho, o investimento na saúde, na educação e na justiça social para todos,
como, aliás, prevê nossa Carta Magna.
Assim,
ninguém vai pensar em erguer a clava forte contra nós, com toda a certeza.
Nessa
época de futebol, uma emissora de TV propôs a substituição do “hino brasileiro”
da Copa do Mundo por outro, mas se nem nosso hino nacional, tão pouco decorado,
foi trocado, como substituir o que o povo já decorou?
Então,
meu caro leitor, como estive ausente na época do concurso para trocar a
letra de nosso hino por outra, agora que estou presente, proponho-lhe
interceder, junto com sua amada, a todos os brasileiros, para aprovarem minha
proposta de sua nova letra.
Quanto
à música, deixo-a ao encargo do nosso maestro Isaac Karabtschevsky, a quem
muito admiro. Como não tenho seu endereço, peço a você que me lê a pequena
gentileza de encaminhar a letra ao músico...
Eis
a letra do “Novo hino nacional brasileiro”:
Esta
nação do canto do sabiá
não
foi feita por Deus, nosso Senhor,
para
a guerra, para ato de terror,
o
lema do seu povo é trabalhar.
Seu
Cruzeiro do Sul, entre as estrelas,
desse
fraterno traço em teto astral,
fez
nos céus, muito além de engrandecê-las,
a
marca de união universal.
Essa
cruz é o sinal de redenção
do
Brasil, como pátria do Evangelho,
cuja
meta é mostrar ao mundo velho
que
é na paz que se faz uma nação.
Eis
que somos a síntese das raças,
nosso
povo é feliz e acolhedor,
nossas
terras e rios têm mil garças,
piracema,
ouro preto e muito amor.
Sob
as luzes do nosso céu de anil,
contemplado
por ninfas, nuvens níveas,
cereais,
campos verdes, mil orquídeas
pátria
amada e gentil, és tu, Brasil.
O
que você acha disso, amiga leitora, gostou? Então divulgue, encaminhe para as
nossas autoridades, envie às escolas, aos hospitais e até aos cemitérios...
Quem
sabe assim nos levantamos e nos tornamos, como propôs meu
amigo Humberto de Campos, o “Brasil, coração do mundo, pátria do Evangelho”, aliado ao trabalho, à solidariedade e à tolerância?!
Chega
de lutas e guerras fratricidas, queremos paz.
Chega
de preguiças, de rapinagens e de mortes, cultuemos a vida e a honestidade.
Chega de demagogias políticas, queremos um governo honesto.
Comecemos, então, por banir do nosso hino qualquer menção à violência.
Troquemo-lo
por esse, que trata da paz e do amor... mas se você tiver melhor proposta,
apresente-a, amigo leitor. Afinal, somos ou não, democratas?
Você
promete, leitora amiga, promete que vai nos apoiar nessa saga do bem? Ainda
bem... Que bom! Conto consigo.
Se
não, ao menos mostre que tem personalidade forte: decore o hino atual ou defenda suas estrofes.
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