EM DIA COM O MACHADO 404:
ATÉ QUE A JUSTIÇA DIVINA AJA...
O Espírito Manoel Philomeno de Miranda
informa-nos que o Espírito decaído que se tornaria o novo soberano, numa das
regiões trevosas da espiritualidade, ironizando o código búdico das quatro
nobres verdades, propôs seu programa de domínio espiritual intitulado as
quatro legítimas verdades:
primeira: "o
homem é um animal sexual que se compraz no prazer" e, portanto,
"deve ser estimulado ao máximo, até a exaustão", após o que, deve ser
levado "aos abusos, às aberrações";
segunda: "o
narcisismo é filho predileto do egoísmo e pai do orgulho, da vaidade, inerentes
ao ser humano"; deve-se, portanto, estimular a "presunção, nas
modernas escolas do Espiritualismo, ensejando a fascinação";
terceira: "o
poder tem prevalência na natureza humana", por ser "remanescente dos
instintos agressivos, dominadores e arbitrários";
quarta: "o
dinheiro, que compra vidas e escraviza almas, será outro excelente recurso
decisivo. [...] o conforto amolenta o caráter, desestimula os sacrifícios"
(FRANCO, 2011, p. 89- 90).
Sintetizando, o soberano das trevas,
propõe seu programa de combate a Deus, a Jesus e seus irmãos, que ainda lutamos
para sair da infância espiritual, baseado em quatro fraquezas humanas: luxúria,
narcisismo, poder e riqueza. Começo a análise pela quarta fraqueza.
Deus
é Amor. Ninguém é tão bom quanto Deus, já dizia Jesus ao jovem que o chamara de
bom Mestre e lhe perguntara que fazer para alcançar a vida eterna.
— Por que me chamas
bom? Não há bom, senão um só que é Deus (Mateus, 19: 17).
Ao
lhe ser dito em seguida, pelo Mestre, que guardasse os
mandamentos, o jovem, que era rico, pergunta a Jesus: — Quais?
O
Mestre cita-lhe, em síntese, os Dez
Mandamentos; e o jovem afirma-lhe que, desde a mocidade, vinha guardando esses
mandamentos. E torna a perguntar: — Que me falta ainda?
Então
Jesus propõe-lhe algo que, até hoje, parece absurdo à maioria das criaturas da
Terra:
— Se queres ser
perfeito, vai, vende tudo o que tens, dá-os aos pobres e terás um tesouro no
Céu. Depois, vem e segue-me.
Ouvindo
essas palavras, o moço saiu pesaroso, pois possuía muitos bens. E foi então que
Jesus comentou ser muito difícil, a quem ama as riquezas da Terra, matéria
efêmera, possuir os tesouros do Céu, destinados ao espírito eterno, onde
"as traças não roem, a ferrugem não consome e o ladrão não rouba"
(Mateus, 6: 19, 20).
O
apego à riqueza adiou o alcance da "vida eterna" ou "reino de
Deus" por aquele jovem, ainda que estivesse bem-intencionado. Nas próximas
crônicas, falarei sobre a luxúria, o narcisismo e o poder.
Referências
BÍBLIA SAGRADA. Tradução
de João Ferreira de Almeida. 4. ed. Barueri, SP: 2011.
BÍBLIA DE JERUSALÉM.
Diversos tradutores. 3. imp. São Paulo: Paulus, 2004.
FRANCO, Divaldo
Pereira. Trilhas da Libertação. Pelo Espírito Manoel Philomeno de
Miranda. 10. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2011.
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