- Em dia com o Machado 458:
- a entrevista... (Jó)
Antigamente,
quando se desejava escrever uma crônica, saía-se pelas ruas observando os
acontecimentos ou lendo-se algo em algum periódico, como o faziam, no século
XIX, José de Alencar e Machado de Assis, dois de seus melhores articulistas.
Exemplo disso é a crônica que Machado escreveu, com base em notícia lida sobre
uma jovem, se não me engano baiana, que, com uma faca na mão, ao ser assediada
por um rapaz, preveniu-o, em português pronunciado incorretamente: "Não se
aproxime, que eu lhe furo! (O
punhal de Martinha, 5 ago. 1894).
O jovem não acreditou no aviso, tentou
beijá-la a força, e
foi morto com um furo de "peixeira", no ventre, pela baiana.
"Peixeira" é o nome que se dá, no Nordeste, a facão curto e muito
afiado, usado para o corte de peixes. Atualmente, as notícias são transmitidas
pelo rádio e TV, lidas nos endereços eletrônicos e até... nos jornais.
Hoje falarei ao amigo leitor sobre entrevista assistida por mim, em vídeo, de Geraldo Campetti Sobrinho a Bruno Tavares. Bela, respeitosa, evangelizada e erudita entrevista.
De início, Bruno diz-lhe que é fã do
vídeo intitulado Livros que iluminam, postado periodicamente, na
internet, cuja direção é do Geraldo. Em seguida, o entrevistador questiona a
profusão de obras ditas espíritas, com conteúdo duvidoso, e pergunta ao
entrevistado o que este pensa do assunto, haja vista considerar o livro
espírita o "carro-chefe" da divulgação do Espiritismo.
Geraldo confirma a condição de
"carro-chefe" do livro-espírita, e diz-lhe que, atualmente, há grande
número de obras não confiáveis, no mercado editorial, intitulando-se espíritas.
Explica, ainda, que há obras falsamente atribuídas aos Espíritos Emmanuel e
André Luiz que contrariam o estilo do médium Chico Xavier e dessas entidades.
Por fim, lembra a responsabilidade com que a Editora FEB trata suas obras,
corrigindo todos os equívocos comprovadamente presentes em suas edições.
Lembra, portanto, que é dever dos seus revisores, pessoas competentes e
honestas, corrigirem erros gramaticais e realizarem atualizações ortográficas
nas obras editadas ou reeditadas.
Finalmente, Bruno diz ter lido
seiscentos artigos de Bezerra de Menezes, um dos primeiros presidentes da FEB,
e não viu neles qualquer menção a Roustaing, e, sim, a Allan Kardec. Em nossa ótica, de colaborador da FEB há mais de quarenta anos, não procede a tese de roustainguismo atribuída à instituição. Bruno pergunta,
também, como o entrevistado responde às acusações de "adulteração" de
obras de Kardec.
Após esclarecer que não existe
kardecismo ou roustainguismo e, sim, Espiritismo, Geraldo informa que todas as
alterações existentes nas obras do Codificador da Doutrina Espírita foram
feitas por este mesmo, como já foi comprovado por pesquisadores responsáveis.
Como exemplo, cita as pesquisas feitas pelo doutor em Filosofia da Ciência e Lógica, Cosme
Massi, além de outras pesquisas recentes. Informa ainda que quase tudo em A
Gênese foi escrito pelo próprio Kardec, ao contrário dos outros quatro
livros da codificação espírita, em que a participação dos Espíritos é maior...
Enfim, ficamos plenamente cientes de que
toda a obra espírita de Allan Kardec foi publicada e atualizada com base nas
alterações dele mesmo. Além disso, Geraldo deixa claro que o Espiritismo sem
Jesus não é Espiritismo, pois é o Cristo que o anuncia em João, capítulo
14, versículos 15 a 17. Ser espírita é, pois, ser cristão. Graças a Deus!
Assista à entrevista no blog do Bruno
Tavares. Vale a pena.