Alma querida, não fales De mágoa e ressentimento, Ante o impacto violento Da dor, onde quer que vás; Esquece-te e prossigamos No esforço de nosso nível, Agindo, quanto possível, Para o sustento da paz. Além das áreas de angústia Em que a penúria domina, A prova se descortina Onde sobram teto e pão: Muito conforto que anotas Traz a lágrima escondida E o ouro que enfeita a vida Muitas vezes surge em vão. O progresso se agiganta, Continente a continente, A cultura exige frente, Quer o gênio mais lugar; Levantam-se arranha-céus, O cérebro ganha altura, Mas ouve-se a desventura Do sentimento a chorar. Casas nobres abrem alas Para a vitória do estudo, Mostra o povo anseio agudo De Vida Superior; Mas o tóxico se espalha, Sob lances infelizes, O lar é um campo de crises À míngua de paz e amor. A guerra que vibra acesa, De lado a lado do mundo Feriu, a golpe profundo, A confiança no bem; Medo, tensão, amargura Dos seres incompreendidos São lágrimas e gemidos Que atingem o Mais Além. Sigamos, alma querida!... Em dolorosos enganos, Nos raciocínios humanos A sombra alcança apogeus... Elevemos, ante o Cristo, As forças do coração... Toda a Terra em transição Tem fome da luz de Deus. DOLORES, Maria (Espírito). Alma e vida. Psicografado por: Francisco
Cândido Xavier. São Paulo: Cultura Espírita União, 1984.
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