Ninguém poderá ver o Reino de Deus se não nascer de novo. Cont. cap. 4 ed. livre (JLO):
Desde o tempo de João
Batista até o presente, o Reino dos Céus é tomado pela violência, e são os violentos
que o arrebatam. Pois até João, todos os profetas, assim como a lei, profetizaram.
E se vocês quiserem compreender o que lhes digo, ele mesmo é o Elias que há de
vir. Ouça aquele que tiver ouvidos para ouvir (Mateus, XI: 12-15).
Se o princípio da reencarnação, expresso em João podia, a
rigor, ser interpretado num sentido puramente místico, o mesmo já não acontece nesta
passagem de Mateus, que é sem equívoco possível: "[...] ele mesmo é o
Elias que há de vir". Não há aí nem figura, nem alegoria: é uma
afirmação positiva. "Desde o tempo de João Batista até o presente, o Reino
dos Céus é tomada pela violência". Que significam essas palavras, uma vez
que João Batista ainda vivia naquele momento? Jesus as explica, ao dizer:
"E se vocês quiserem compreender o que lhes digo, ele mesmo é o Elias que
há de vir". Ora, sendo João o próprio Elias, Jesus refere-se ao tempo em
que João vivia com o nome de Elias. “Até o presente, o Reino dos Céus é tomado
pela violência” é outra alusão à violência da lei mosaica, que ordenava o extermínio
dos infiéis, para se ganhar a Terra Prometida, paraíso dos hebreus, ao passo
que, conforme a nova lei, o Céu é ganho pela caridade pela brandura.
A seguir, acrescenta: "Ouça aquele que tiver ouvidos para
ouvir". Essas palavras, tão frequentemente repetidas por Jesus, dizem
claramente que nem todos estavam em condições de compreender certas verdades.
Nenhum comentário:
Postar um comentário