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segunda-feira, 17 de junho de 2019



Ninguém poderá ver o Reino de Deus se não nascer de novo. Cont. cap. 4 ed. livre (JLO):


Desde o tempo de João Batista até o presente, o Reino dos Céus é tomado pela violência, e são os violentos que o arrebatam. Pois até João, todos os profetas, assim como a lei, profetizaram. E se vocês quiserem compreender o que lhes digo, ele mesmo é o Elias que há de vir. Ouça aquele que tiver ouvidos para ouvir (Mateus, XI: 12-15).

Se o princípio da reencarnação, expresso em João podia, a rigor, ser interpretado num sentido puramente místico, o mesmo já não acontece nesta passagem de Mateus, que é sem equívoco possível: "[...] ele mesmo é o Elias que há de vir". Não há aí nem figura, nem alegoria: é uma afirmação positiva. "Desde o tempo de João Batista até o presente, o Reino dos Céus é tomada pela violência". Que significam essas palavras, uma vez que João Batista ainda vivia naquele momento? Jesus as explica, ao dizer: "E se vocês quiserem compreender o que lhes digo, ele mesmo é o Elias que há de vir". Ora, sendo João o próprio Elias, Jesus refere-se ao tempo em que João vivia com o nome de Elias. “Até o presente, o Reino dos Céus é tomado pela violência” é outra alusão à violência da lei mosaica, que ordenava o extermínio dos infiéis, para se ganhar a Terra Prometida, paraíso dos hebreus, ao passo que, conforme a nova lei, o Céu é ganho pela caridade pela brandura.
A seguir, acrescenta: "Ouça aquele que tiver ouvidos para ouvir". Essas palavras, tão frequentemente repetidas por Jesus, dizem claramente que nem todos estavam em condições de compreender certas verdades.

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