O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO - cap. 4 - continuação da trad. livre de J.L.O
4.2 Laços
de família fortalecidos pela reencarnação e destruídos pela existência única
Os laços de família não são destruídos pela reencarnação, como
pensam certas pessoas. Pelo contrário, são fortalecidos e apertados. O princípio oposto é que os destrói. Os Espíritos formam,
no espaço, grupos ou famílias, unidos pela afeição, pela simpatia e pela
semelhança de inclinações. Esses Espíritos, felizes de estarem juntos, buscam-se.
A encarnação apenas os separa momentaneamente, porque, após seu retorno à
erraticidade, se reúnem, como amigos que voltam duma viagem. Muitas vezes, até,
eles seguem juntos na mesma encarnação, reunindo-se numa mesma família ou num
mesmo círculo e trabalham juntos para o seu mútuo adiantamento. Se uns estão encarnados e outros não, nem por isso deixam
de estar unidos pelo pensamento. Os que
estão livres velam pelos que estão cativos; os
mais adiantados esforçam-se para fazer progredir os retardatários.
Após cada existência, terão dado mais um passo no rumo da
perfeição. Cada vez menos apegados à matéria, seu afeto é mais vivo, por ser
mais depurado e não ser perturbado pelo egoísmo nem pelas sombras das paixões. Podem,
assim, percorrer um número ilimitado de existências corporais, sem que nenhum golpe
perturbe sua mútua afeição.
Fique bem entendido que aqui se trata da afeição real, de alma
para alma, única que sobrevive à destruição do corpo; pois os seres que se unem
na Terra apenas pelos sentidos não têm nenhum motivo para se procurarem no
mundo dos Espíritos. Só são duráveis as afeições espirituais. As afeições
carnais extinguem-se com a causa que as fez nascer. Ora, essa causa não existe
mais no mundo dos Espíritos, enquanto a alma existe sempre. Quanto às pessoas unidas somente por interesse, nada são
realmente umas para a outras; a morte as separa na Terra e no Céu.
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