Continuação da
tradução livre da 3ª edição francesa d’O Evangelho Segundo o Espiritismo.
Por: Jorge leite de Oliveira
5 BEM-AVENTURADOS
OS AFLITOS
Justiça
das aflições. Causas atuais das aflições. Causas anteriores das aflições. Esquecimento
do passado. Motivos de resignação. O suicídio e a loucura. Instruções dos
Espíritos: bem e mal sofrer. O mal e o remédio. A felicidade não é deste mundo.
Perda de pessoas amadas. Mortes prematuras. Se fosse um homem de bem teria
morrido. Os tormentos voluntários. A verdadeira desgraça. A melancolia. Provas
voluntárias. O verdadeiro cilício. Dever-se-á pôr termo às provas do próximo? É
permitido abreviar a vida de um doente que sofra sem esperança de cura?
Sacrifício da própria vida. Proveito dos sofrimentos para outrem.
Bem-aventurados os que choram, porque serão consolados.
Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão fartos.
Bem-aventurados os que padecem perseguição pela justiça, porque deles é o Reino
dos Céus (Mateus, 5: 4, 6 e 10).
Bem-aventurados os que são pobres, porque o Reino dos Céus lhes
pertence. Bem-aventurados os que agora têm fome, porque serão saciados. Felizes
são os que agora choram, porque rirão (Lucas, 6: 20, 21).
Mas ai de vocês, ricos! que têm a sua consolação no mundo. Ai de
vocês, os que estão saciados, porque terão fome. Ai de vocês, os que agora riem,
porque gemerão e chorarão (Lucas, 6: 24, 25).
5.1 Justiça
das aflições
As compensações que Jesus promete aos aflitos da Terra só podem ocorrer
na vida futura. Sem a certeza do porvir, essas máximas seriam um contrassenso, mais
ainda, seriam um engodo.
Mesmo com essa certeza, dificilmente se compreende
a utilidade de sofrer para ser feliz. Dizem que é para se ter mais mérito. Mas
então se pergunta: por que uns sofrem mais do que outros? por que uns nascem na
miséria e outros na opulência, sem nada terem feito para justificar essa
posição? por que para uns nada dá certo, enquanto para outros tudo parece
sorrir? Mas o que ainda menos se compreende é ver os bens e os males tão
desigualmente repartidos entre o vício e a virtude; ver homens virtuosos sofrerem
ao lado de malvados que prosperam. A fé no futuro pode consolar e dar
paciência, mas não explica essas anomalias, que parecem desmentir a justiça de
Deus.
Entretanto, desde que se admita Deus, não se pode concebê-lo sem
o infinito das perfeições. Ele deve ser todo poder, todo justiça, todo bondade,
pois sem isso não seria Deus. Se Deus é soberanamente bom e justo, não pode agir
por capricho nem com parcialidade. As
vicissitudes da vida têm, pois, uma causa, e desde que Deus é justo, essa causa
deve ser justa. É nisso que todos devem
compenetrar-se bem. Deus encaminhou os homens na compreensão dessa causa pelos
ensinos de Jesus, e hoje, julgando-se suficientemente maduros para
compreendê-la, revela-a inteiramente pelo Espiritismo, isto é, pela voz dos
Espíritos.
Nota: por motivo de viagem, antecipei a postagem desta semana, que deveria ocorrer na sexta-feira. Na próxima semana, a postagem volta ao seu dia normal.
Nota: por motivo de viagem, antecipei a postagem desta semana, que deveria ocorrer na sexta-feira. Na próxima semana, a postagem volta ao seu dia normal.
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