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sábado, 13 de julho de 2019




4.3 Instruções dos Espíritos: limites da encarnação

Quais são os limites da encarnação?

— A encarnação não tem, a bem dizer, limites nitidamente traçados, quando nos referimos ao envoltório que constitui o corpo do Espírito, tendo em vista que a materialidade desse  envoltório diminui à proporção que o Espírito se purifica. Em certos mundos, mais adiantados do que a Terra, o corpo já é menos compacto, menos pesado e menos grosseiro, e, desse modo, menos sujeito a vicissitudes. Em grau mais elevado, é diáfano e quase fluídico. De grau em grau, ele se desmaterializa e acaba por  se confundir com o perispírito. Conforme o mundo em que é  levado  a viver, o Espírito se reveste do envoltório apropriado à natureza desse mundo.
O próprio perispírito passa por transformações sucessivas. Eteriza-se cada vez mais, até a depuração completa, que constitui os Espíritos puros. Se mundos especiais estão destinados, como estações, aos Espíritos muito adiantados, estes últimos não lhes ficam presos, como nos mundos inferiores. O estado de desprendimento em que se encontram lhes permite ir a toda parte, onde sejam chamados às missões que lhes sejam confiadas.
Se considerarmos a encarnação do ponto de vista material, tal como ocorre na Terra, podemos dizer que ela se limita aos mundos inferiores. Depende, portanto, do Espírito libertar-se da encarnação mais ou menos rapidamente, trabalhando pela sua purificação. 
Considere-se também que, no estado errante, ou seja, no intervalo das existências corporais, a situação do Espírito está em relação com a natureza do mundo a que o liga o seu grau de adiantamento. Assim, na erraticidade, ele é mais ou menos feliz, livre e esclarecido, conforme seja mais ou menos desmaterializado — Luís (Paris, 1859).

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