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sábado, 15 de maio de 2021

 


O maior mandamento

 

Mas os fariseus, tendo sabido que Jesus tinha calado a boca aos saduceus, se reuniram. E um deles, que era doutor da lei, para o tentar, propôs-lhe esta questão: Mestre, qual é o grande mandamento da lei? Jesus lhe respondeu: Ame o Senhor seu Deus de todo o seu coração, de toda a sua alma e de todo o seu entendimento. Esse é o maior e primeiro mandamento. Eis aqui o segundo, semelhante a esse: Ame o seu próximo como a si mesmo. Esses dois mandamentos contêm toda a lei e os profetas (Mateus, 22:34-40).

        Caridade e humildade, tal é a única via de salvação; egoísmo e orgulho, tal é a via da perdição. Esse princípio é formulado em termos precisos nestas palavras: "Ame a Deus de toda a sua alma, e a seu próximo como a si mesmo; esses dois mandamentos contêm toda a Lei e os profetas". E para que não houvesse equívoco na interpretação do amor a Deus e ao próximo, acrescenta: "Eis aqui o segundo, semelhante ao primeiro", ou seja, que não se pode verdadeiramente amar a Deus sem amar o próximo, nem amar o próximo sem amar a Deus; pois tudo quanto se faz contra o próximo é contra Deus que se faz. Não se podendo amar a Deus sem praticar a caridade para com o próximo, todos os deveres do homem se encontram resumidos nesta máxima: Fora da caridade não há salvação.

 Necessidade da caridade segundo Paulo

 Ainda eu falasse as línguas dos homens e mesmo a língua dos anjos, se não tiver caridade, sou como o bronze que soa, ou como o sino que tine. E ainda que eu tivesse o dom de profecia, que penetrasse todos os mistérios e tivesse perfeita ciência de todas as coisas; ainda que tivesse a fé possível,  a ponto de transportar montanhas, se não tiver caridade, nada sou. E mesmo que houvesse distribuído os meus bens para alimentar os pobres, e se entregasse meu próprio corpo para ser queimado, se não tivesse caridade, nada disto me serviria.

A caridade é paciente, é branda e benfazeja; a caridade não é invejosa, não é temerária nem precipitada, não se enche de orgulho, não é desdenhosa, não busca os seus próprios interesses, não se agasta, nem se azeda com coisa alguma, não suspeita mal, não se rejubila com a injustiça, mas se rejubila com a verdade. Ela tudo suporta, tudo crê, tudo espera, tudo sofre.

Agora, permanecem estas três virtudes: a fé, a esperança e a caridade, mas dentre elas a mais excelente é a caridade (Paulo, I Coríntios, 13:1-7; 13).

         Paulo compreendeu de tal modo essa grande verdade, que disse: "Ainda que eu tenha a linguagem dos anjos, que eu tenha o dom de profecia, que penetre todos os mistérios, que tenha toda a fé possível,  a ponto de transportar montanhas, se não tiver caridade, nada sou. Dentre estas três virtudes: a fé, a esperança e a caridade, a mais excelente é a caridade". Coloca, assim, sem equívoco, a caridade acima mesmo da própria fé. É que a caridade está ao alcance de todo o mundo: do ignorante e do sábio, do rico e do pobre; e porque independe de qualquer crença particular. Ele faz mais: define a verdadeira caridade; mostra-a, não somente na beneficência, mas na reunião de todas as qualidades do coração, na bondade e na benevolência para com o próximo.

 

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