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domingo, 26 de dezembro de 2021

 


18.3 Aqueles que dizem: Senhor! Senhor!

 

          Nem todos os que me dizem: Senhor, Senhor entrarão no Reino dos Céus, mas somente entrará aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos Céus. Muitos me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não profetizamos em seu nome, e em seu nome não expulsamos os demônios, e em seu nome não realizamos muitos milagres? E eu então lhes direi, em voz alta: Afastem-se de mim, vocês que praticam obras de iniquidade (Mateus, 7:21-23).

          Aquele, pois, que ouve estas minhas palavras, e as pratica, será comparado ao homem sábio, que edificou sua casa sobre a rocha. E quando a chuva caiu, os rios transbordaram e sopraram os ventos sobre aquela casa ela não caiu, porque estava fundada sobre a rocha. Mas aquele que ouve estas minhas palavras e não as pratica, será comparado a um homem insensato, que edificou sua casa na areia. E quando a chuva caiu, e transbordaram os rios, e sopraram os ventos sobre ela, ela caiu, e foi grande a sua ruína. (Mateus, 7:24- 27 e Lucas, 6:46-49).

          Aquele, pois, que violar um destes menores mandamentos, e assim os ensinar aos homens, será considerado o último no Reino dos Céus; mas aquele que os cumprir e ensinar será grande no Reino dos Céus. (Mateus, 5:19).

 

          Todos os que confessam a missão de Jesus, dizem: Senhor, Senhor! Mas de que serve chamá-lo Mestre ou Senhor, se não seguem seus preceitos? São cristãos esses que o honram através de atos exteriores de devoção, e ao mesmo tempo sacrificam ao orgulho, ao egoísmo, à cupidez e a todas as suas paixões? São seus discípulos esses que passam os dias em preces e não se tornam melhores, nem mais caridosos, nem mais indulgentes para com os seus semelhantes? Não, porque assim como os fariseus, eles têm as preces nos lábios e não no coração. Pela forma, podem impor-se aos homens, mas não a Deus.

É em vão que dirão a Jesus: "Senhor, nós profetizamos, ou seja, ensinamos em seu nome; nós expulsamos os demônios em seu nome; nós comemos e bebemos com você!" Ele lhes responderá: "Não sei quem são. Afastem-se de mim, vocês que cometem iniquidade, que desmentem suas palavras pelas ações, que caluniam seu próximo, que espoliam as viúvas e cometem adultério! Afastem-se de mim, vocês, cujo coração destila ódio e fel, vocês que derramam o sangue de seus irmãos em meu nome, que fazem correrem as lágrimas em vez secá-las! Para vocês, haverá pranto e ranger de dentes, pois o Reino de Deus é para os que são mansos, humildes e caridosos. Não esperem dobrar a justiça do Senhor pela multiplicidade de suas palavras e de suas genuflexões. O único meio de vocês alcançarem graça diante dele é o da prática sincera da lei de amor e de caridade."

          As palavras de Jesus são eternas, porque elas expressam a verdade. Não são somente a salvaguarda da vida celeste, mas também a garantia da paz, da tranquilidade e da estabilidade do homem nas coisas da vida terrestre. Eis porque todas as instituições humanas, políticas, sociais e religiosas que se apoiarem nas suas palavras serão estáveis como a casa construída sobre a rocha. Os homens as conservarão, porque nelas encontrarão sua felicidade. Mas aquelas que se apoiarem na sua violação, serão como a casa construída na areia: o vento das revoluções e o rio do progresso a arrastarão.

 

Tradução livre de Jorge Leite de Oliveira

http://lattes.cnpq.br/0494890808150275

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