EM DIA COM O
MACHADO 511:
GANDHI E A PAZ COMO META DE
LIBERTAÇÃO (Jó)
Paz e luz, amigos!
Quando Mahatma Gandhi, sob a
acusação de agitar o povo, estava preso, após sete anos de sua permanência no
cárcere, desenvolveu seu método de comportamento baseado no tripé da coragem,
da não violência e da verdade.
Certo dia, foi entrevistado na prisão a pedido de seus acusadores sobre a razão
de sua manifestação política pacífica ao povo, que o idolatrava.
O primeiro a
questioná-lo foi o advogado que lhe pediu para explicar sobre o ideal de paz,
tão admirado pelo povo. Gandhi respondeu-lhe o seguinte:
— A honestidade e
o culto à verdade são as bases da paz. A
violência é filha da mentira. A pessoa sincera, ou seja, bem-intencionada,
brevemente deixará de ser violenta, por perceber que a verdade é incompatível
com a agressão.
Daí surgir a
expressão: "violência gera violência".
Outro dos seus
interrogadores perguntou-lhe:
— Como deixar de
ser violento, num mundo como este, em que as nações investem em pesados
armamentos? — E ele respondeu:
— Pelo afastamento da ganância, do desejo de
domínio e de exploração do próximo em proveito próprio. A não violência requer
completa ausência da exploração, seja ela de que forma for. Somente quando
todas as nações compreenderem que não lhes é lícita a exploração em detrimento
da união que deve haver entre elas, as armas perderão sua finalidade.
Percebendo o
ambiente pesado em torno de si, causado pela impaciência de seus interrogadores
aliada à penumbra do ambiente inóspito em que se encontrava, Mahatma
acrescentou-lhes corajosamente:
— Há muito tempo,
percebi que há falta de coerência entre o que os homens dizem sobre a paz em
contraste com suas mútuas intolerâncias e agressividade aos que não
compartilham suas ideias. O Universo é regido pela força moral. Somente em nossa
dedicação à paz com verdadeira fé compreenderemos isso.
Um de seus
interrogadores portava uma Bíblia e perguntou-lhe o que conhecia sobre Jesus
Cristo. Gandhi respondeu-lhe:
— O Evangelho de
Jesus está todo sintetizado no Sermão da Montanha. Lendo essa bela
página e, sobretudo, praticando o que aí está, nada mais nos falta ao
entendimento da Lei de Deus. Sem a fé profunda em Deus e na paz, é impossível
vivermos em harmonia.
Não foi por outro
motivo que o Cristo afirmou aos seus discípulos ter-lhes deixado a sua paz e
não a paz mundana, quando afirma: "Deixo-lhes a paz, minha paz lhes dou; mas
não como o mundo a dá. Não se perturbe nem se intimide seu coração" (João,
14:27).
Por fim, Mahatma
completou:
— A não ser pelo amor profundo dedicado
ao nosso Criador, é impossível morrer sem ódio no coração, sem temor e com a
certeza de que Deus estará sempre presente em nossa vida, na vitória do bem
contra o mal. O trabalhador da paz deve respeitar as religiões de toda a
humanidade, ter caráter irrepreensível, buscar relações de respeito e amizade
com todas as pessoas. Somente assim, alcançará sua pacificação e poderá
pacificar seu próximo.
Ao final da
entrevista, todos ser retiraram pensativos. Então, Mahatma Gandhi permaneceu em
paz e oração em benefício da libertação de seu povo, o que veio a acontecer
algum tempo depois.
E nós terminamos esta crônica com as
seguintes palavras do maior de todos os Messias, Jesus Cristo: "Venham a
mim todos os que estão cansados sob o peso do seu fardo e lhes darei descanso.
Tomem sobre si meu jugo e aprendam de mim, porque sou manso e humilde de
coração, e encontrarão descanso para suas almas, pois meu jugo é suave e meu
fardo é leve" (Mateus, 11:28- 30).
Nenhum comentário:
Postar um comentário