FRATERNIDADE
Transformar o coração
Em pouso que se descerra
Para o serviço na Terra
Eis a tarefa, alma irmã!...
Haja céu de azul e ouro,
Faça aguaceiro violento,
Partamos cada manhã.
Sair de nós, esquecer-nos,
Aproveitando os instantes,
No socorro aos semelhantes
Que clamam ao derredor...
Pela mensagem da fé,
Ouve o Céu a conclamar-te,
Pede ao mundo, em toda parte,
A paz da vida melhor.
Encontrarás em caminho,
Atados à dor imensa,
Os que perderam a crença
Em rebeldia ou torpor;
De cérebro em luz e treva,
Nobres enfermos da vida,
Tropeçam de alma ferida
À míngua de paz e amor.
Em outros pontos da estrada,
Por vezes, de canto a canto,
As retaguardas de pranto
Fazem apelos sem voz;
São mães, aguardando apoio,
Sem saberem como e quando,
Crianças tristes em bando
Que se arrastam junto a nós.
Surpreenderás outra mágoa
De pesado e estranho porte,
Dor dos que viram a morte
Roubando a forma de alguém;
São prisioneiros da angústia,
Quase sempre na agonia
De quem roga à pedra fria
A luz que brilha no Além.
Registrarás, onde estejas,
Toda a escala dos gemidos
Em companheiros caídos
Que julgam chorar em vão
E nos irmãos fatigados
De ânimo semimorto,
Suplicando reconforto,
Refúgio e libertação.
Sejamos para quem sofre,
Entre a sombra e o desalinho,
Novo amparo no caminho,
Alívio, socorro e luz;
Doemos auxílio e bênção,
Na Terra insegura e aflita,
Nessa tarefa bendita,
O companheiro é Jesus.
MARIA DOLORES
(Espírito). In: Marcas do caminho. Psicografado por Francisco
Cândido Xavier. 1. ed. – 1ª impr. por demanda (P.O.D.). Brasília: FEB, São
Paulo: IDEAL, 2021, cap. 18, p. 73.
MARIA DOLORES
(Espírito). In: Marcas do caminho. Psicografado por Francisco
Cândido Xavier. 1. ed. – 1ª impr. por demanda (P.O.D.). Brasília: FEB, São
Paulo: IDEAL, 2021, cap. 18, p. 73.
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