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quarta-feira, 28 de junho de 2023

 


 DEPRESSÃO
 
 Dizes que sofres angústias
 Até mesmo quando em casa,
 Que a tua dor extravasa
 Nas cinzas da depressão.
 Que não suportas a vida,
 Nem te desgarras do tédio,
 O fantasma, em cujo assédio
 Afirma que tudo é vão.
 
 Perto da rua em que moras
 Há uma viúva esquecida,
 Guarda a avó quase sem vida
 E três filhinhos no lar;
 Doente, serve em hotel,
 Trabalha na rouparia,
 Busca o pão de cada dia,
 Sem tempo para chorar.
 
 Não longe, triste mulher,
 Num cubículo apertado,
 Chora o esposo assassinado
 Que era guarda de armazém...
 Tem dois filhinhos de colo,
 Por enquanto, ainda não sabe
 O que deve fazer da existência.
 Espera pela assistência
 Dos que trabalham no bem.
 
 Um paralítico cego,
 Numa esteira de barbante,
 Implora mais adiante
 Quem lhe dê água a beber...
 Ninguém atende... Ele grita,
 Na penúria que o consome,
 Tem sede e febre, tem fome,
 Sobretudo quer morrer.
 
 Depressão? Alma querida,
 Se tens apenas tristeza,
 Se te sentes indefesa,
 Contra mágoa e dissabor,
 Sai de ti mesma e auxilia
 Aos que mais sofrem na estrada
 A depressão é curada
 Pelo trabalho do amor.
 
                        ***
 
“Em toda a parte estão os agentes da Luz,
 Acrescentando paz às  Bênçãos de Jesus”.
DOLORES, Maria (Espírito). Dádivas de amor. Psicog. Chico Xavier. 1. ed. Brasília: FEB: São Paulo, SP: IDEAL, 2022.


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