O EVANGELHO POR EMMANUEL
Ante
a lição do senhor
Bem-aventurados
os pobres de espírito, porque deles é o Reino dos Céus. Mateus, 5:3.
Louvando os “pobres de espírito”, Jesus
não exaltava a ignorância, a insuficiência, a boçalidade e a incultura.
Encarecia a bênção da simplicidade, que
nos permite encontrar os mais preciosos tesouros da vida.
Abençoava a humildade, que nos conduz à
fonte da paz.
Salientava a sobriedade que nos garante
o equilíbrio.
Destacava a paciência que nos dilata a
oportunidade de aprender e servir.
Se procuras o Mestre do Evangelho, não
admitas que a tua fé se transforme em combustível ao fogo da ambição menos
eficiente.
Vale-te da lição de Jesus, à maneira do
lavrador vigilante que sabe selecionar as melhores sementes a fim de enriquecer
a colheita próxima ou à maneira do viajor que guarda consigo a lâmpada acesa
para a vitória sobre as trevas.
Muita gente se alinha nos santuários da
Boa-Nova, procurando em Cristo um escravo suscetível de ser engajado a serviço
de seus escusos desejos, buscando na proteção do céu, favorável clima à infeliz
materialização de seus próprios caprichos, enquanto milhões de aprendizes da
Divina Revelação se aglomeram nos templos do Mestre em torneios verbalísticos
nos quais entronizam a vaidade que lhes é própria, tentando posições de evidência
nos conflitos e tricas da palavra, em que apenas efetuam a mal versão das
riquezas do espírito.
Se a Doutrina Redentora do Bem Eterno é
o caminho que te reclama a sublime aquisição da Vida Superior, simplifica a
própria existência.
Evitemos complicações e exigências que
nada realizam em torno de nós senão amargura, desencanto e inutilidade.
Recebamos o dom das horas, como quem
sabe que o tempo é o mais valioso empréstimo do Senhor à nossa estrada e,
convertendo os minutos em ação construtiva e salutar, faremos a descoberta de
nosso próprio mundo íntimo, em cuja maravilhosa extensão, a paz e o trabalho
são os favores mais altos da vida.
Contentemo-nos em estruturar com bondade
e beleza o instante que passa, cedendo-lhe o melhor de nós mesmos, a favor dos
que nos cercam, e descerraremos o novo horizonte, em que a plenitude da
simplicidade com Jesus nos fará contemplar, infinitamente, a eterna e divina alegria.
(Construção
do amor. Ed. Cultura Espírita União.)
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