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segunda-feira, 2 de outubro de 2023

 



O EVANGELHO POR EMMANUEL

 

 Comentários ao Evangelho Segundo Mateus 

 

Ante a lição do senhor

 

Bem-aventurados os pobres de espírito, porque deles é o Reino dos Céus. Mateus, 5:3.

 

        Louvando os “pobres de espírito”, Jesus não exaltava a ignorância, a insuficiência, a boçalidade e a incultura.

        Encarecia a bênção da simplicidade, que nos permite encontrar os mais preciosos tesouros da vida.

        Abençoava a humildade, que nos conduz à fonte da paz.

        Salientava a sobriedade que nos garante o equilíbrio.

        Destacava a paciência que nos dilata a oportunidade de aprender e servir.

        Se procuras o Mestre do Evangelho, não admitas que a tua fé se transforme em combustível ao fogo da ambição menos eficiente.

        Vale-te da lição de Jesus, à maneira do lavrador vigilante que sabe selecionar as melhores sementes a fim de enriquecer a colheita próxima ou à maneira do viajor que guarda consigo a lâmpada acesa para a vitória sobre as trevas.

        Muita gente se alinha nos santuários da Boa-Nova, procurando em Cristo um escravo suscetível de ser engajado a serviço de seus escusos desejos, buscando na proteção do céu, favorável clima à infeliz materialização de seus próprios caprichos, enquanto milhões de aprendizes da Divina Revelação se aglomeram nos templos do Mestre em torneios verbalísticos nos quais entronizam a vaidade que lhes é própria, tentando posições de evidência nos conflitos e tricas da palavra, em que apenas efetuam a mal versão das riquezas do espírito.

        Se a Doutrina Redentora do Bem Eterno é o caminho que te reclama a sublime aquisição da Vida Superior, simplifica a própria existência.

        Evitemos complicações e exigências que nada realizam em torno de nós senão amargura, desencanto e inutilidade.

        Recebamos o dom das horas, como quem sabe que o tempo é o mais valioso empréstimo do Senhor à nossa estrada e, convertendo os minutos em ação construtiva e salutar, faremos a descoberta de nosso próprio mundo íntimo, em cuja maravilhosa extensão, a paz e o trabalho são os favores mais altos da vida.

        Contentemo-nos em estruturar com bondade e beleza o instante que passa, cedendo-lhe o melhor de nós mesmos, a favor dos que nos cercam, e descerraremos o novo horizonte, em que a plenitude da simplicidade com Jesus nos fará contemplar, infinitamente, a eterna e divina alegria.


(Construção do amor. Ed. Cultura Espírita União.)


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