O
EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO
"Fora
da caridade, não há salvação." - Allan Kardec (22/3/2019)
Continuação da tradução livre da
terceira edição francesa por J.L.O.
1.2 Cristo
Jesus não veio destruir a Lei, isto
é, a Lei de Deus. Veio cumpri-la, ou seja, desenvolvê-la, dar-lhe o verdadeiro
sentido e apropriá-la ao grau de adiantamento da humanidade. É por isso que
encontramos nessa lei o princípio dos deveres para com Deus e para com o
próximo, que compõe a base de sua Doutrina. Quanto às leis de Moisés
propriamente ditas, ele as modificou profundamente, seja na essência, seja na
forma. Havia constantemente combatido o abuso das práticas exteriores e as falsas
interpretações. E não podia fazê-las passar por uma reforma mais radical do que reduzindo a estas palavras: Amar a Deus sobre todas as coisas e ao
próximo como a si mesmo. E complementa: Eis aí toda a Lei e os profetas.
Por estas palavras: O céu e a terra
não passarão sem que tudo seja cumprido minuciosamente, Jesus quis dizer que era
necessário que a Lei de Deus fosse praticada em toda a Terra na sua total
pureza e com o desenvolvimento de todas as suas consequências. De fato, de que
serviria haver estabelecido essa Lei, se ela tivesse de ficar como privilégio
de algumas pessoas ou mesmo de um só povo? Todos nós somos criaturas de Deus;
todos, sem distinção, somos objeto duma mesma solicitude.
Mas o papel de
Jesus não foi simplesmente o de um legislador moralista, sem outra autoridade
que a sua palavra. Ele veio cumprir as profecias que haviam anunciado o seu advento.
Sua autoridade decorria da natureza excepcional do seu Espírito e da natureza divina
da sua missão. Veio ensinar-nos que a verdadeira vida não está na Terra, mas no
Reino dos Céus. Veio ensinar-nos o caminho que nos conduz a esse Reino, os
meios de nos reconciliarmos com Deus, e nos advertir sobre a marcha das coisas
futuras, para o cumprimento dos destinos humanos. No entanto, não disse tudo, e
sobre muitos pontos limitou-se a lançar o germe de verdades que ele mesmo
declarou não poderem ser então compreendidas. Falou de tudo, mas em termos mais
ou menos explícitos, de maneira que, para entender o sentido oculto de certas
palavras, era preciso que novas ideias e novos conhecimentos viessem dar-nos a chave.
Essas ideias não podiam surgir antes de um certo grau de maturidade do espírito
humano. A ciência deveria contribuir poderosamente para a eclosão e o desenvolvimento dessas ideias. Seria
preciso, pois, dar tempo à ciência para progredir.
Acesse quando puder estes links:
6. Site do Prof. Dr. Alexsandro da UFAM:
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