13.5.10 Os órfãos
Um Espírito Protetor
Paris, 1860
Meus irmãos, amem os órfãos! Se vocês soubessem quanto é
triste estar só e abandonado, sobretudo na idade infantil! Deus permite que
existam órfãos, para nos convidar a lhes servir de pais. Que divina caridade, a
de ajudar uma pobre criaturinha abandonada, livrá-la da fome e do frio,
orientar sua alma, para que ela não se perca no vício!
Quem estende a mão a uma criança abandonada é agradável a
Deus, pois compreende e pratica a sua lei. Lembrem-se também de que,
frequentemente, a criança que agora vocês socorrem foi-lhes cara noutra encarnação,
e se o pudessem recordar, o que fazem já não seria caridade, mas o cumprimento
de um dever.
Assim, portanto, meus amigos, todo sofredor é seu irmão e
tem direito a sua caridade. Não a essa caridade que magoa o coração; não a essa
esmola que queima a mão de quem a recebe, pois seus óbolos são frequentemente
muito amargos! Quantas vezes eles seriam recusados, se no casebre a doença e a
privação não os esperassem!
Deem delicadamente, juntem ao benefício o mais precioso de
todos: uma boa palavra, uma carícia, um sorriso amigo. Evitem esse ar de proteção,
que revolve a lâmina no coração que sangra, e pensem que, ao fazer o bem,
trabalham para vocês e para os seus...
Tradução livre da 3ª ed. francesa pelo prof. dr. Jorge Leite de Oliveira
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