20.2.2 Espírito da Verdade

Paris, 1862

 

Vocês chegaram ao tempo em que se cumprirão as profecias referentes à transformação da Humanidade. Felizes serão os que houverem trabalhado no campo do Senhor com desinteresse e movidos apenas pela caridade! Suas jornadas de trabalho serão pagas ao cêntuplo do que tenham esperado.

Felizes serão os que houverem dito a seus irmãos: "Irmãos, trabalhemos juntos e unamos nossos esforços, a fim de que o Senhor encontre a obra acabada, na sua vinda.", porque o Senhor lhes dirá: “Venham a mim, vocês que são bons servidores, vocês que souberam calar seus ciúmes e suas discórdias para que a obra não tivesse dano!”

Mas infelizes aqueles que, por suas dissensões, houverem retardado a hora da colheita, porque a tempestade chegará e eles serão levados no turbilhão! Nessa hora, clamarão: "Graça! graça!" Porém, o Senhor lhes dirá: "Por que pedem graça, se não tiveram piedade de seus irmãos, se recusaram a lhes estender as mãos, e se esmagaram o fraco em vez de o amparar? Por que pedem graça, se buscaram a recompensa nos prazeres da Terra e na satisfação do seu orgulho? Já receberam sua recompensa, de acordo com sua vontade. Nada mais têm a pedir. As recompensas celestes são para aqueles que não houverem pedido recompensas da Terra".

Deus faz, neste momento, à enumeração dos seus servidores fiéis, e ele já marcou com seu dedo os que só têm a aparência do devotamento, para que não usurpem o salário dos servidores corajosos. Porque é a esses, que não recuaram diante de sua tarefa, que vai confiar os postos mais difíceis, na grande obra da regeneração pelo Espiritismo. E estas palavras se cumprirão: "Os primeiros serão últimos, e os últimos serão os primeiros no Reino dos Céus!"

Nota do editor: Na terceira edição francesa de 1866 esta mensagem está incompleta e sem assinatura. Completamo-la de acordo com sua terceira edição, de 1864, cujo arquivo se encontra na biblioteca de obras raras da FEB em Brasília, DF.

Tradução livre: prof. dr. Jorge Leite de Oliveira