EM DIA COM O MACHADO 551
O SÁBIO E A SOLUÇÃO DOS CONFLITOS (Irmão Jó)
Alma amiga, ainda há pouco pensava no que escrever. Então, pedi a inspiração divina (fato real) para que me sugerisse um tema. Abri o livro Jesus no Lar, com mensagens de Neio Lúcio, psicografadas por Chico Xavier e, encantado, li a história do ministro sábio, que está no capítulo 15 dessa obra.
Relata
o autor espiritual que Mateus falava sobre a missão dos administradores do
povo, quando Jesus narrou a história do reino atacado por adversários do
soberano, cuja rebeldia insuflada ao povo de grande província cresceu
descontroladamente. Preocupado, o monarca apelou para um hábil juiz, que criou
tantas leis, como seu primeiro-ministro, que nada mudaram em relação à situação
reinante.
Desencantado,
o rei substituiu o juiz por famoso doutrinador, que fez brilhantes discursos,
mas não conseguiu modificar o estado de perturbação do reino. Então foi chamado
um sacerdote, mas este, piorando a situação, amaldiçoou os opositores do rei.
Decepcionado,
o soberano colocou um médico na direção geral dos negócios, mas este, visando à
conquista dos benefícios régios, informou ao rei que seus adversários eram
doentes mentais. “E fez disso propaganda tão ruinosa que a indisciplina se
tornou mais audaciosa e a revolta mais desesperada.”
O
rei, então, imaginou que somente um general célebre resolveria os conflitos.
Este arremessou as forças armadas sobre os insubordinados da província e deu
início à guerra civil. Foram tantas
as mortes que o “imperante”, abatido moralmente, resolveu chamar um sábio para
solucionar a crise no reino. O sábio, após refletir por um tempo, percebeu que
nada do que fora feito resolveria o problema: “Não criou novas leis, não
pronunciou discursos, não censurou os insurretos, não perdeu tempo em zombaria,
nem estimulou qualquer cultura de vingança”.
Visitou
a região conflituosa e passou a observar-lhe as necessidades prementes. Ali,
inúmeras famílias não tinham teto, havia necessidade de trabalho e de
instrução. Então, passou a construir lares, oficinas de trabalho e de estudo,
abrir estradas, inaugurar escolas e incentivar o povo a estudar e trabalhar,
“lutando, com valioso espírito de entendimento e fraternidade, contra a
preguiça e a ignorância”.
Algum
tempo depois disso, acabaram as discórdias, pois o bem em ação eliminou a
desconfiança, dureza de coração e insegurança dos mais exaltados. Finalizando a
história, ante a imensa satisfação de Mateus, concluiu Jesus:
—
O ódio pode atear muito incêndio de discórdia no mundo, mas nenhuma teoria de
salvação será realmente valiosa sem o justo benefício aos espíritos que a
maldade ou a rebelião desequilibraram. Para que o bem possa reinar entre os
homens, há de ser uma realidade positiva no campo do mal, tanto quanto a luz há
de surgir pura e viva, a fim de expulsar as trevas.
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