EM DIA COM O MACHADO 548:
LEI DE CAUSA E EFEITO E PAZ NA TERRA (Irmão Jó)
Alma querida, hoje gostaria
de refletir contigo sobre a guerra e a lei de causa e efeito. Embora, na
Terra, os conflitos bélicos sempre existissem, desde a Segunda Guerra Mundial, vivíamos em relativa paz no Ocidente. Quando esse conflito acabou, em 1945, eu
ainda não havia nascido. Entretanto, os 77 anos de relativa paz mundial devem
ter dado a impressão a muita gente de que jamais voltariam a ocorrer, no mundo,
as aberrações dum combate sangrento, com milhares de pessoas morrendo de ambos
os lados da luta. Isso sem me referir à chamada guerra fria, que se
iniciou em 1947 e só terminou em 1991.
Passo, então, ao relato de amigo
português espírita, aposentado e residente em Brasília sobre sua experiência
militar de vida passada e presente:
— Desde que me casei —
disse-me ele — eu e a esposa, brasileira, nos reunimos, ao menos uma vez por
semana, para a realização do culto do evangelho no lar. Com o correr dos
anos, tivemos três filhos no Brasil: duas meninas e um menino. Mas é a filha
mais nova que, desde os primeiros anos de idade, é médium vidente e audiente.
Minha memória de reencarnação
passada é nula — continuou — mas nunca me esqueço de uma manifestação mediúnica
ocorrida em meu lar. Parece-me que foi há poucos dias, mas já se passaram cerca
de 12 anos. Antes de encerrarmos o culto do evangelho com uma prece, a filha
médium disse-nos que estava vendo um espírito de alta elevação, cujo nome não
vou declinar, para não parecer que é vaidade.
Esse espírito, a quem nossa
filha não se dignava levantar os olhos para vê-lo, disse-nos ter sido rei, há
quase sete séculos, em Portugal. Também disse amar muito a todos nós, o que não
é privilégio nosso, pois todo espírito elevado ama muito a muitos. Afirmou, ainda,
que alguns dos que ali estávamos fizeram parte de sua família real, naquele
tempo. Quanto a mim, fui informado de que fora seu soldado. Então,
entendi o motivo de ter nascido com graves problemas auditivos, desde a
infância.
— É mesmo?, perguntei-lhe. E
que problemas são esses? — E Dinis, o amigo, respondeu-me:
— Desde criança, sofri muito,
com otite, em ambos os ouvidos, que nenhum antibiótico curava. Como você sabe,
fui militar no Exército do Brasil, pois seu generoso país permite-nos, aos
portugueses, alistar-nos aqui. Somente quando eu tinha 28 anos de idade, os
otorrinos militares, após exame de raios x do meu crânio, descobriram a causa:
“colesteatomas bilaterais”, que são tumores benignos localizados nos ouvidos
médios. No meu caso, o do ouvido esquerdo foi considerado gigante. Operado, nos
dois anos seguintes, perdi parte da audição, o que não me impediu de lecionar
durante cerca de 25 anos. Com o agravamento da perda auditiva, em 2010,
precisei parar de dar aulas.
— Que pena, disse-lhe. Fui
seu aluno, e você é excelente professor. Após agradecer-me, Dinis continuou:
— Eu já havia sido informado
por dois médiuns, anos antes, que minha infecção auditiva era proveniente de
lesão no perispírito; primeiro, em virtude dos atos de guerra, depois, noutra
encarnação, suicidei-me com tiro no ouvido... Curiosamente, fui soldado também
na atual existência durante 20 anos...
Dinis abriu um largo sorriso
português e prosseguiu sua fala:
— Após ter sido aprovado em
concurso público, em 1993, ou seja, dois anos após a guerra fria, dei baixa do
Exército quando já estava prevista, para o fim do ano, minha promoção a
subtenente. E embora já se tenham passado aproximadamente 30 anos de minha
alforria militar, até hoje tenho horror às guerras.
— Também jamais gostei de
guerras, mesmo que sejam em filmes, amigo Dinis. Eu disse, por fim, ao meu
amigo. E ele concluiu sua história:
— Como disse antes, não me
lembro de nada do que fiz no passado, mas não devo ter sido bom soldado há sete
séculos.
Então, termino com estes
versos sobre a causa de seu sofrimento nesta encarnação, com trinta anos de
infecção, em ambos os ouvidos, para nossa reflexão:
Quando quem causar a guerra
Souber que responderá
Por cada irmão que matar
A paz reinará na Terra.
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