EM DIA COM O
MACHADO 570:
ALERTA AOS MÉDIUNS
(Irmão Jó)
Alma amiga, hoje falaremos dum
assunto muito sério: mediunidade. Para que serve e cuidados que o médium deve
ter para não se tornar obsidiado, em vista do orgulho e egoísmo, fontes de
todos os males.
Na introdução d’O Livro dos
Espíritos, Allan Kardec esclarece que a mediunidade é uma faculdade com
características físicas e morais (item IV). Existem médiuns — continua ele a
explicar-nos — de idades diversas e independente de sua sexualidade, bem como
em “todos os graus de desenvolvimento intelectual”. A faculdade desenvolve-se
pelo exercício.
N’O Livro dos Médiuns, 2.ª
parte, item 306, Kardec esclarece-nos de que a finalidade da mediunidade é o
exercício do bem. Quem a utiliza visando aos seus interesses egoístas afasta os
bons espíritos e fica à mercê das influências negativas dos maus espíritos.
Sintetizo, então, o que diz o Espírito Manoel Philomeno de Miranda, na obra intitulada Mediunidade: desafios e bênçãos, psicografada por Divaldo Pereira Franco, que enumero e destaco abaixo em itálico:
1.
[...] a prática mediúnica reveste-se de seriedade e de
entrega pessoal, não dando espaço para o estrelismo, as competições doentias e
as tirânicas atitudes de agressão a quem quer que seja...
2.
Devendo ser passivo, o médium, a fim de captar o
pensamento que verte das Esferas Superiores, cuida do próprio comportamento, que
se deve caracterizar pela jovialidade, pela compreensão das dificuldades
alheias, pela compaixão em favor de tudo e de todos que encontre pelo caminho.
3.
As rivalidades entre médiuns, que sempre existiram e
continuam, defluem da inferioridade moral dos mesmos, porque a condição mais
relevante a ser adquirida é a de servidor incansável, convidado ao trabalho na
seara por Aquele que é o Senhor.
4.
O verdadeiro médium espírita é discreto, como convém a
todo cidadão digno, evitando, quanto possível, o empenho em impor as revelações
de que se diz instrumento.
5.
De igual maneira, quando o médium passa a defender-se,
a criticar os outros, a autopromover-se, a considerar-se melhor do que os
demais, encontra-se enfermo espiritualmente, a caminho de lamentável transtorno
obsessivo ou emocional.
6.
A sua sensibilidade é considerada não apenas pelo fato
de receber os espíritos superiores, mas pela facilidade de comunicar-se com
todos os espíritos, conforme acentua o insigne codificador.
7.
[...] a mediunidade é, em si mesma, neutra, podendo
ser encontrada em todos os tipos humanos, razão pela qual não se trata de uma
faculdade espírita, porém humana, que sempre existiu em todas as épocas da
sociedade, desde os tempos mais remotos até os atuais (op. cit., cap. 10 Advertência aos médiuns).
Qualidades de grande importância do
bom médium são a humildade e a simplicidade. Desse modo, ele evita tornar-se
foco de aplausos e aceita sem melindre qualquer manifestação em relação àquilo
que os espíritos lhe transmitem, ciente de que é apenas o instrumento de que
eles fazem uso para a elevação de todos, a principiar dele mesmo, e de que deve
orar pelos espíritos infelizes. O modelo
a ser seguido, como diz Philomeno de Miranda, é Jesus.
Atente, pois, o médium, às palavras
de Miranda, com as quais encerro estas linhas: “A mediunidade é instrumento que
se pode transformar em vínculo de luz entre a Terra e o Céu, ou em furna de
perturbação e sofrimento onde se homiziam os invigilantes e desalmados, em
conflitos e pugnas contínuas”. Então, que o médium jamais se esqueça da recomendação
de Jesus: “Vigiai e orai, para não cairdes em tentação...” (Mateus,
26:41).
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