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terça-feira, 1 de outubro de 2019




EM DIA COM O MACHADO 387:
eles estão chegando... (Jó)

No dia 25 de abril de 1866, dois médiuns entraram em estado sonambúlico na Sociedade Espírita de Paris. Um deles chamava-se M..., e o outro, T... Naquela data memorável, eles trouxeram ao mundo uma notícia espantosa, que ocupou nada menos de quinze páginas da Revista Espírita de outubro de 1866. O assunto foi resumido em Obras Póstumas e tem como título Regeneração da humanidade.
De tal modo Allan Kardec ficou impressionado com o tema, que interrompeu a continuação do artigo que vinha escrevendo anteriormente sobre Maomé e o Islamismo, em agosto daquele ano, e, em setembro, não lhe fora possível continuar. Em outubro, ao contrário do que pensara fazer, em relação à continuação desse texto, iniciou a revista com a mensagem dada por grande número de Espíritos: Os tempos são chegados. Em continuação a esse tema, surge a grande notícia sobre a Regeneração da humanidade.
Maomé e o Islamismo, tema também de altíssimo interesse, só seria retomado em novembro daquele ano. Importante lembrar, aqui, que, para Deus, representado pelo Cristo e pelos Espíritos superiores, século e meio é “nada”. Atualmente, podemos dizer, sem medo de errar, em relação aos acontecimentos extraordinários para a regeneração da humanidade: “Eles estão chegando...”.
Sintetizamos, então, o que fora previsto, pela Espiritualidade superior, para o momento que estamos vivendo. A primeira mensagem informa-nos  que tudo, na obra da Criação, revela a previdência e sabedoria divina.
Desse modo, nosso mundo, como tudo o que existe no universo, submete-se à lei do progresso físico e moral, não só pela transformação dos seus elementos, como pela depuração dos seus Espíritos, encarnados e desencarnados. Somos ainda esclarecidos de que Deus se utiliza da inteligência dos seres humanos, tanto quanto do império dos elementos da Natureza, para o desenvolvimento material.
Entretanto, já não nos basta desenvolver a inteligência, é preciso que desenvolvamos o sentimento. Para tal, haverá destruição de tudo quanto no ser humano possa excitar o orgulho e o egoísmo. Reforçam os mensageiros divinos que o período em que estamos será o marco de uma das fases principais da humanidade. São os tempos de transição para uma nova Era de paz, de amor, de fraternidade e de solidariedade entre todas as nações. Era, enfim, de progresso moral.
Para que tal aconteça, haverá antes intensas lutas, mas de ideias e não de cataclismos, que sempre houve no mundo. Será a batalha da fé contra a incredulidade. Então, o progresso moral, acompanhado pelo da inteligência, impedirá as paixões negativas, pois somente ele pode instaurar, no mundo, a fraternidade, o entendimento e a paz.
Após relatar o conteúdo das afirmações simbólicas sobre a chegada dos tempos, o Codificador do Espiritismo aborda as mensagens dos médiuns que preveem a regeneração da humanidade. As mudanças vêm ocorrendo paulatinamente, mas uma coisa é dada como certa pelos bons Espíritos: as almas mais atrasadas não mais reencarnarão na Terra. Serão substituídas pelas mais adiantadas.
Nesse momento, o relato alcança o tempo que vivemos de forma clara e com precisão extraordinárias. Após informar sobre  destruição que seria causada pelos cegos espiritualmente, em virtude do seu egoísmo e orgulho que, entretanto, apressaria a era da renovação, eis o que nos foi revelado 153 anos atrás:

E como se a destruição não marchasse bastante depressa, ver-se-ão suicídios multiplicando-se em proporção nunca vista, até entre crianças. A loucura jamais terá ferido maior número de homens que, mesmo antes da morte, serão riscados do número dos vivos. São estes os verdadeiros sinais dos tempos. E tudo isto se realizará pelo encadeamento das circunstâncias, assim como dissemos, sem que em nada sejam derrogadas as leis da natureza (Revista Espírita, out. 1866).

Somos informados adiante de que os maus serão gradativamente afastados da Terra. Em seu lugar, renascerão Espíritos bons, que trabalharão pelo progresso da humanidade. Mais uma vez, a Espiritualidade superior nos esclarece:

As grandes partidas coletivas não apenas terão como objetivo ativar as saídas, mas transformar mais rapidamente o espírito da massa, desembaraçando-a das más influências, e dar maior ascendente às ideias novas (op. cit.).

            Reiterando o que afirmamos, no início, o Espírito Manoel Philomeno de Miranda traz-nos boas notícias na obra psicografada por Divaldo Franco, intitulada Amanhecer de Uma Nova Era:

Desafios, mudanças bruscas de comportamento, algumas encarniçadas lutas do passado dominador contra o futuro promissor assinalam este período. Nada obstante, a dúlcida presença do Sublime Galileu mimetiza todos aqueles que O busquem e tentem vinculação com o Seu amor inefável, ensejando alegria de viver e bem-estar em qualquer situação em que se encontrem.
Diluem-se as sombras da ignorância, embora persistam alguns desmandos do vandalismo de breve duração. A vitória do bem e do amor torna-se incontestável, e, em triunfo instala-se o amanhecer de uma nova era (FRANCO, D. P. Op. cit. Apresentação).

            Vivemos na aurora dos novos tempos! Unamo-nos na prática da indulgência para com as imperfeições alheias, da benevolência para com todos e do perdão das ofensas, a fim de merecermos a Terra destinada aos mansos, conforme promessa de Jesus (Mateus, 5:5).



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