EM
DIA COM O MACHADO 387:
eles
estão chegando... (Jó)
No dia 25 de
abril de 1866, dois médiuns entraram em estado sonambúlico na Sociedade
Espírita de Paris. Um deles chamava-se
M..., e o outro, T... Naquela data memorável, eles trouxeram ao mundo
uma notícia espantosa, que ocupou nada menos de quinze páginas da Revista
Espírita de outubro de 1866. O assunto foi resumido em Obras Póstumas
e tem como título Regeneração da humanidade.
De tal modo Allan
Kardec ficou impressionado com o tema, que interrompeu a continuação do artigo
que vinha escrevendo anteriormente sobre Maomé e o Islamismo, em agosto
daquele ano, e, em setembro, não lhe fora possível continuar. Em outubro, ao
contrário do que pensara fazer, em relação à continuação desse texto, iniciou a
revista com a mensagem dada por grande número de Espíritos: Os tempos são
chegados. Em continuação a esse tema, surge a grande notícia sobre a Regeneração
da humanidade.
Maomé e o
Islamismo, tema também de altíssimo interesse, só seria
retomado em novembro daquele ano. Importante lembrar, aqui, que, para Deus,
representado pelo Cristo e pelos Espíritos superiores, século e meio é “nada”. Atualmente,
podemos dizer, sem medo de errar, em relação aos acontecimentos extraordinários
para a regeneração da humanidade: “Eles estão chegando...”.
Sintetizamos, então,
o que fora previsto, pela Espiritualidade superior, para o momento que estamos
vivendo. A primeira mensagem informa-nos
que tudo, na obra da Criação, revela a previdência e sabedoria divina.
Desse modo, nosso
mundo, como tudo o que existe no universo, submete-se à lei do progresso físico
e moral, não só pela transformação dos seus elementos, como pela depuração dos seus
Espíritos, encarnados e desencarnados. Somos ainda esclarecidos de que Deus se
utiliza da inteligência dos seres humanos, tanto quanto do império dos
elementos da Natureza, para o desenvolvimento material.
Entretanto, já
não nos basta desenvolver a inteligência, é preciso que desenvolvamos o
sentimento. Para tal, haverá destruição de tudo quanto no ser humano possa
excitar o orgulho e o egoísmo. Reforçam os mensageiros divinos que o período em
que estamos será o marco de uma das fases principais da humanidade. São os
tempos de transição para uma nova Era de paz, de amor, de fraternidade e de
solidariedade entre todas as nações. Era, enfim, de progresso moral.
Para que tal
aconteça, haverá antes intensas lutas, mas de ideias e não de cataclismos, que
sempre houve no mundo. Será a batalha da fé contra a incredulidade. Então, o
progresso moral, acompanhado pelo da inteligência, impedirá as paixões
negativas, pois somente ele pode instaurar, no mundo, a fraternidade, o
entendimento e a paz.
Após relatar o
conteúdo das afirmações simbólicas sobre a chegada dos tempos, o
Codificador do Espiritismo aborda as mensagens dos médiuns que preveem a regeneração
da humanidade. As mudanças vêm ocorrendo paulatinamente, mas uma coisa é
dada como certa pelos bons
Espíritos: as almas mais atrasadas não mais reencarnarão na Terra. Serão
substituídas pelas mais adiantadas.
Nesse momento, o
relato alcança o tempo que vivemos de forma clara e com precisão
extraordinárias. Após informar sobre
destruição que seria causada pelos cegos espiritualmente, em virtude do
seu egoísmo e orgulho que, entretanto, apressaria a era da renovação,
eis o que nos foi revelado 153 anos atrás:
E
como se a destruição não marchasse bastante depressa, ver-se-ão suicídios
multiplicando-se em proporção nunca vista, até entre crianças. A loucura jamais
terá ferido maior número de homens que, mesmo antes da morte, serão riscados do
número dos vivos. São estes os verdadeiros sinais dos tempos. E tudo isto se
realizará pelo encadeamento das circunstâncias, assim como dissemos, sem que em
nada sejam derrogadas as leis da natureza (Revista Espírita, out. 1866).
Somos informados
adiante de que os maus serão gradativamente afastados da Terra. Em seu lugar,
renascerão Espíritos bons, que trabalharão pelo progresso da humanidade. Mais
uma vez, a Espiritualidade superior nos esclarece:
As
grandes partidas coletivas não apenas terão como objetivo ativar as saídas, mas
transformar mais rapidamente o espírito da massa, desembaraçando-a das más influências,
e dar maior ascendente às ideias novas (op. cit.).
Reiterando
o que afirmamos, no início, o Espírito Manoel Philomeno de Miranda traz-nos
boas notícias na obra psicografada por Divaldo Franco, intitulada Amanhecer
de Uma Nova Era:
Desafios,
mudanças bruscas de comportamento, algumas encarniçadas lutas do passado
dominador contra o futuro promissor assinalam este período. Nada obstante, a
dúlcida presença do Sublime Galileu mimetiza todos aqueles que O busquem e
tentem vinculação com o Seu amor inefável, ensejando alegria de viver e
bem-estar em qualquer situação em que se encontrem.
Diluem-se
as sombras da ignorância, embora persistam alguns desmandos do vandalismo de
breve duração. A vitória do bem e do amor torna-se incontestável, e, em triunfo
instala-se o amanhecer de uma nova era (FRANCO, D. P. Op. cit. Apresentação).
Vivemos
na aurora dos novos tempos! Unamo-nos na prática da indulgência para com as
imperfeições alheias, da benevolência para com todos e do perdão das ofensas, a
fim de merecermos a Terra destinada aos mansos, conforme promessa de Jesus (Mateus,
5:5).
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