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sábado, 25 de julho de 2020



11.2 DÊ A CÉSAR O QUE É DE CÉSAR


Então, retirando-se os fariseus, entenderam entre si para comprometê-lo com suas próprias palavras. E enviaram-lhe seus discípulos, juntamente com os herodianos, que lhe disseram: "Mestre, sabemos que você é verdadeiro e ensina o caminho de Deus pela verdade, sem levar em conta ninguém, porque não faz distinção entre as pessoas. Diga-nos, pois, qual é sua opinião sobre isto: devemos pagar o tributo a César ou não?"
Mas Jesus, conhecendo sua malícia, disse-lhes: "Hipócritas, por que me tentam? Mostrem-me a moeda de prata que dão para pagar o tributo". E quando eles lhe apresentaram um dinheiro, Jesus lhes disse: De quem são esta imagem e esta inscrição? De César, responderam-lhe eles. Então Jesus lhes disse: Pois deem a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus.
Quando ouviram isto, admiraram-se de sua resposta, e deixando-o se retiraram (Mateus, 22: 15-22); (Marcos, 12: 13-17).

A questão proposta a Jesus era motivada pela circunstância de que os judeus, revoltados com o tributo que os romanos lhes impunham, transformaram-no num problema religioso. Numeroso partido se havia formado para rejeitar o imposto. O pagamento do tributo, portanto, era para eles uma questão de irritante atualidade, sem o que, nenhum sentido teria a pergunta feita a Jesus: "Devemos pagar o tributo a César ou não?". Essa questão era uma cilada, pois, segundo a resposta, esperavam excitar contra ele as autoridades romanas ou os judeus dissidentes. Mas "Jesus, conhecendo a sua malícia", escapa à dificuldade, dando-lhes uma lição de ética, ao dizer que dessem a cada um o que lhes era devido. (Ver na Introdução o item intitulado Publicanos.)

Este princípio: "Dê a César o que é de César" não deve ser entendido de maneira restritiva e absoluta. Como todos os ensinamentos de Jesus, é um princípio geral, resumido numa forma prática e usual, e deduzido de uma circunstância particular. Esse princípio é uma consequência daquele que manda agir com os outros como quereríamos que os outros agissem conosco. Condena todo prejuízo moral e material que possa causar a outrem toda violação dos seus interesses. Ele prescreve o respeito aos direitos de cada um, como cada um deseja ver os seus respeitados. Estende-se ao cumprimento dos deveres contraídos para com a família, a sociedade, a autoridade, bem como para os indivíduos.

Tradução livre do Prof. Dr. Jorge Leite de Oliveira.


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