EM DIA COM O MACHADO
436:
Jesus e nós no
serviço do bem (Jó)
Muitas pessoas se decepcionam quando percebem
que certos irmãos de ideal que admiravam ocupam-se em parecer, mas não em
ser... Parecem ser tolerantes com os erros alheios, mas de fato não são. Parecem
preocupar-se com as dificuldades do próximo, mas não são solidários com este.
Parecem entusiasmar-se pelo serviço do bem, mas não o praticam.
Nas menores faltas de outrem, desandam a
falar mal dele em sua ausência. Aparentam bondade em público, mas não se
mostram bons em particular. Invejam o sucesso alheio, mas pouco fazem para se
tornarem melhores. O bem, para essas pessoas, é apenas uma proposta sonora aos
ouvidos alheios, do que são surdas.
Tais constatações afastam incautos candidatos
ao serviço cristão-espírita de sua Doutrina, como também ocorre no seio de
outros grupos religiosos. O Espírito Emmanuel, porém, esclarece-nos que, mesmo
ciente das fraquezas humanas, ante a verdade que conservava consigo, Jesus
jamais humilhou ou feriu alguém por não lhe ser fiel. Praticava incansavelmente
o bem onde estivesse.
Tudo o que precisasse dizer, na elucidação do
erro alheio, era dito com a intenção educativa, nunca com censura
despropositada. Não perdia tempo com
inúteis polêmicas; antes, sempre demonstrava que seu Reino não cabia
nas coisas da Terra. Demonstrou, pela palavra
e pelo exemplo, o que deveríamos
fazer para ser feliz: amar e servir a todos incondicionalmente.
Desse modo, esclarece-nos o bondoso Espírito
Emmanuel que precisamos, acima de tudo, servir ao bem sem alimentar discussões
e perturbações que provoquem a expansão do mal. E acrescenta que mesmo a treva
densa e imensa, no meio da noite, não extinguirá a luz fulgurante de uma
simples vela. Entretanto, adverte o mentor de Chico Xavier, um leve sopro de
vento é suficiente para apagá-la.
Não nos devemos afligir por estarmos
aparentemente sós no serviço do bem, orienta-nos Emmanuel no início de
sua mensagem intitulada Sirvamos ao bem, da obra Fonte Viva,
psicografada pelo médium mineiro. Busquemos, então, na oração incessante, o
contato com Deus e seu enviado sublime, Jesus, a fim de não deixarmos que o
sopro maligno extinga a luz do Amor Divino em nossas almas.
A prece proporciona-nos imenso escudo contra
o mal e ânimo para a prática incansável do bem, sem exigir do próximo o que nem
mesmo nós podemos dar. Em Jesus, sim, teremos sempre o Modelo Maior a nos guiar
e fortificar no combate às próprias imperfeições. E a oração nos fará sentir
que o Cristo segue conosco e nos mostra, em cada ser, o irmão necessitado de
nossa compaixão, tolerância e amor.
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