EM DIA COM O MACHADO
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O SUAVE JUGO DE JESUS (Jó)
Amigos, passei um tempo de minha atual existência, pouco mais de duas
décadas, aprendendo sobre valores
cívicos, patriotismo, honestidade e disciplina. Tudo isso sem deixar de
praticar esportes saudáveis. Nessa época, alcancei a graduação de sargento do
Exército, como já lhes disse noutra ocasião. Antes, fiz o curso de cabo da função
(QM para os militares) de rádio operador, motivado pela suposição ingênua de
que, para alcançar outros patamares militares, o Exército me proporcionaria
condições ideais.
Infelizmente, ainda hoje não é assim, o que é lastimável. Exemplo disso é
que, ao ser aprovado no concurso para sargentos, optei por mudar de formação e
cursei por dois anos o curso de saúde militar. Mas esse curso, em minha época,
havia perdido alguns destaques: primeiro, continuei o curso como soldado, mesmo
tendo sido aprovado em primeiro lugar no curso de formação de cabos; segundo,
na vida civil, o curso, que antes fora equiparado ao de enfermagem, foi
“rebaixado” a mero auxiliar de enfermagem, que os colegas, por ironia, chamavam
de “padioleiro”. Talvez com razão, não em função das matérias e estágios
feitos, mas pelo desprestígio em que caiu o curso. Falo com o conhecimento de
quem, anos depois, foi professor de língua portuguesa a alunos de diversos
cursos acadêmicos na área de saúde. Um deles foi o de enfermagem.
A vida militar, contudo, proporcionou-me sair do Rio de Janeiro, minha
terra natal, passar ano e meio em Salvador, em convívio com uma juventude
espírita de nível escolar muito superior ao meu, ser transferido para
Barreiras, BA, onde tive a honra de conhecer confrades idealistas e, três anos
depois, ser transferido para Brasília...
Antes de virmos para a Capital do Brasil, num belo final de tarde dum dia
da semana, enquanto aguardava os colegas de farda, para os exercícios semanais,
peguei pedaço de folha e escrevi rapidamente um poema, que hoje creio tenha
sido inspirado pelo mesmo Espírito do poema final desta crônica. O título que
dei ao texto foi: Quem quiser. À noite, no centro que frequentávamos, a
Dra. Lucy, juíza da cidade, que me admirava, embora minha precária formação
escolar à época, pediu-me uma cópia do texto, encantada com sua singeleza e
demonstração de amor à causa do Espiritismo. Agora, peço ao Miro que me
inspire na escrita de novo poema sobre o mesmo tema.
Pedido atendido, eis aqui a nova versão do tema:
A presença de Deus em nós
Quem sente em si nosso Pai,Quem se faz do Cristo amigo,E vai caminhando, vaiSem temer qualquer perigo.
Quem ouve o pedido: “Abrace
A causa até do inimigo”...
Do triste se compadece,
Seja ele rico ou mendigo.
Quem também compreendeu
O que lhe disse Jesus
Sobre amar cada irmão seu
Inda carente de luz...
Quem age assim comumente
Nada teme, sempre vai
Lançando boa semente
No caminho rumo ao Pai...
Pois só Jesus, certamente,
Caminho, Verdade e Vida,
Uma bandeira somente
Eleva em nossa subida.
Pois ele sendo a Verdade,
Luz dos dias meus e seus,
Disse que sem Caridade
Ninguém chegará a Deus.
Agradeço a inspiração do bondoso
Casimiro Cunha, que, desde o apagar da luz dos seus olhos, ainda na sua última
existência física, vem trazendo lindas e singelas mensagens poéticas, do plano espiritual,
para todos nós. Esse espírito amigo agora vê com mais amplitude o belo e o bem.
E assim transmite-nos, junto aos arautos do Cristo, esse amor eterno do Senhor,
o qual nos conduzirá a Deus, nosso Pai e seu Pai, nosso Deus e seu Deus, como
disse à Madalena quando, no episódio
conhecido como ressurreição do Cristo, lhe
apareceu em plena luminosidade de seu espírito puro.
Paz e luz, queridos leitores.
👍🏻
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