EM DIA COM O
MACHADO 584:
UNIDOS CONTRA
GOLPES
Alma amiga, não se assuste, mas ao
que parece estamos naquele tempo anunciado por Jesus em que a iniquidade
assolaria a Terra. Eis o que o Mestre nos diz, segundo o registro em Mateus,
24:12: “E pelo crescimento da iniquidade, o amor de muitos esfriará”. Ainda bem
que, em seguida, o Cristo nos dá alento de salvação, caso sejamos fiéis ao seu
Evangelho. E o Espiritismo, pela manifestação do Espírito de Verdade, permite-nos
entender claramente suas palavras: “Aquele, porém, que perseverar até o fim,
esse será salvo” (Mateus, 24:13). Perseverar no amor, pois “Fora da
caridade não há salvação”, como deduz Allan Kardec das palavras de Jesus nos
comentários do item número 5 do capítulo 15 d’O Evangelho Segundo o
Espiritismo, que tem por título justamente essa máxima.
Qual ocorreu no dia do Pentecostes,
quando os apóstolos de Jesus receberam o dom mediúnico da cura, da palavra
inspirada, da expulsão dos “demônios”, os espíritos enviados pelo Senhor, que
já se manifestavam naquele e noutros tempos antigos, manifestam-se
intensamente, desde meados do século XIX, a todo
aquele que tem “olhos de ver e ouvidos de ouvir”.
Entretanto, também recomendou Jesus
aos seus discípulos vigiar e orar permanentemente, para que não caíssem em
tentação. O que se aplica a todos nós em todos os tempos. Isso porque sabia ele
que os espíritos ignorantes e perversos, como sempre ocorreu, estariam à
espreita de nossos mínimos descuidos mentais para nos prejudicar. Foi o que
observou amigo nosso, após participar duma reunião mediúnica.
Ao final de manifestações diversas
de espíritos enfermos e desorientados, que receberam a bênção do acolhimento
fraterno e dos esclarecimentos cabíveis, um dos médiuns revelou ao grupo que
era preciso muita vigilância e oração de todos os dirigentes, colaboradores e
frequentadores daquela casa espírita, pois algumas entidades espirituais
prometiam redobrar esforços para prejudicá-los.
No dia seguinte, esse mesmo médium
pôde comprovar o modo ardiloso da influência desses espíritos sobre os maus
cidadãos que se aproveitam da evolução da internet para aplicar seus golpes
financeiros. Ocupado com muitos afazeres em seu trabalho voluntário noutro
setor, embora ciente dos crimes que vêm sendo aplicados por telefone e
WhatsApp, a vítima recebeu suposta mensagem de filho, em passeio noutro país,
com postagem da foto do jovem e pedido para fazer transferência de considerável
soma de dinheiro pelo pix, pois ficara sem saldo em seu cartão de
crédito. A mensagem foi recebida na sexta-feira e informava que, na segunda-feira,
o valor seria restituído.
O estelionatário conhecia os dados
pessoais do jovem, haja vista que os vira numa rede social on-line de
compartilhamento de fotos, vídeos e dados pessoais. Copiou a foto do rapaz e
mandou para seu pai com a citação desses dados. Alegou que seu telefone agora
era o da empresa em que trabalhava. O pai, assoberbado de ocupações e iludido pelas
informações do golpista com os dados pessoais furtados, nem refletiu:
imediatamente fez a transferência. Momentos depois, entrou no carro da esposa
que o fora buscar. Assim que começou a narrar-lhe o fato, esta já o alertou com
o seguinte comentário:
— Querido, você acabou de cair num
dos golpes do pix.
A partir desse momento, meu amigo
percebeu que, embora pouco ou nada pudesse fazer para recuperar o prejuízo, ao
menos poderia colaborar com outras pessoas para não serem as futuras vítimas daquele
golpista. Além das providências de praxe, pediu-me para alertá-la, alma amiga,
sobre esse e outros golpes infames que a modernidade dos meios de comunicação
está facilitando às pessoas desonestas, seguramente inspiradas pelos agentes do
mal.
Por esse motivo, sempre é bom
lembrar o que Kardec anotou na questão número 459 d’O Livro dos Espíritos:
“— Os espíritos influem em nossos pensamentos e em nossos atos?” Ao que lhe foi
respondido: “— Muito mais do que
imaginais, pois frequentemente são eles que vos dirigem”.
Que sejamos, então, dirigidos pelos espíritos
de Deus e de Jesus, nosso guia e modelo que nos recomenda orar e vigiar
permanentemente nossos pensamentos e atos. Nesse tempo de iniquidades
devastadoras, continuemos trabalhando nas boas obras, para que, em nossa união
com os bons espíritos, enviados divinos, resistamos às tentações e aos golpes do
mal.
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