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quinta-feira, 25 de novembro de 2021

 


17.4 Parábola do Semeador
 
Naquele mesmo dia, Jesus tendo saído de casa, sentou-se à beira do mar, e reuniu-se em torno dele muita gente. Então ele, entrando numa barca, se assentou; e todas as pessoas permaneceram à margem. E Ele lhes falou muitas coisas por parábolas:

Aquele que semeia saiu a semear. E quando semeava, uma parte das sementes caiu ao longo do caminho; vieram os pássaros do céu e comeram-nas. Outra parte caiu em pedregulhos, onde não tinha muita terra, e logo nasceu, porque não era muito profunda a terra. Mas levantando-se o sol as queimou, e porque não tinham raízes secaram. Outra parte caiu entre espinheiros, os espinhos cresceram e a abafaram. Outra, por fim, caiu em terra boa e deu frutos, havendo grãos que rendiam cem por um, outras sessenta, outras trinta. Quem tem ouvidos de ouvir ouça (Mateus, 13:1- 9).
Escutem, pois, vocês, a parábola do semeador. Quem quer que escute a palavra do Reino e não lhe dá atenção, vem o Espírito maligno e arrebata aquilo que foi semeado no seu coração. Esse é o que recebeu a semente ao longo do caminho. Aquele que recebe a semente no meio das pedras é o que escuta a palavra, e a recebe com alegria no primeiro momento; mas ele não tem em si raiz, e ela dura pouco tempo. E quando lhe sobrevêm reveses e perseguições por causa da palavra, ele tira daí motivo de escândalo e de queda. Aquele que recebe a semente entre espinhos é o que entende a palavra, mas em quem os cuidados deste mundo e a ilusão das riquezas sufocam a palavra e a tornam infrutífera. Porém aquele que recebe a semente em boa terra é quem escuta a palavra, que lhe presta atenção e em quem ela dá frutos que rendem cem, ou sessenta, ou trinta por um (Mateus, 13:18- 23)

A parábola do semeador representa perfeitamente os diversos modos pelos quais podemos aproveitar os ensinamentos do Evangelho. Quantas pessoas há, de fato, para as quais ele não passa de letra morta, que, à semelhança da semente caída sobre pedras, não produz nenhum fruto!

Ela traz outra aplicação, não menos justa nas diferentes categorias de espíritas. Não será ela o símbolo dos que se apegam apenas aos fenômenos materiais, não tirando destes nenhuma consequência, pois que neles só veem objeto de curiosidade? Dos que não buscam senão o lado brilhante das comunicações dos Espíritos, interessando-se apenas enquanto satisfazem-lhes a imaginação, mas que, após ouvi-las, continuam frios e indiferentes como antes? Que acham muito bons os conselhos, e os admiram, mas para aplicá-los aos outros e não a si mesmos? E aqueles, por fim, para os quais essas instruções são como a semente que cai em terra boa e produz frutos?
 
Tradução livre de Jorge Leite de Oliveira
http://lattes.cnpq.br/0494890808150275

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