27.6 Instruções dos espíritos
Modo de orar, de V. Monod, e felicidade da oração, de Santo
Agostinho, são as instruções que serão tratadas nos próximos dois subitens
(frase nossa).
27.6.1 Modo de orar - V. Monod. Bordeaux,
1862
O
primeiro dever de toda criatura humana, o primeiro ato que deve assinalar seu
retorno à atividade diária, é a oração. Quase todos vocês oram, mas quão poucos
sabem realmente orar! Que importa ao Senhor as frases que vocês ligam
maquinalmente umas às outras, porque já se habituaram a repeti-las, porque é um
dever que têm de cumprir e que lhes pesa, como todo dever?
A prece do cristão, do espírita, principalmente, de qualquer culto que seja, deve ser feita no momento em que o espírito retoma o jugo da carne, ela deve elevar-se aos pés da Majestade Divina com humildade, com profundidade, num impulso de reconhecimento por todos os benefícios recebidos até aquele dia. Pela noite transcorrida, durante a qual lhe foi permitido, embora não guarde a lembrança disso, retornar junto aos amigos e aos guias, para nesse contato haurir novas forças e mais perseverança. Ela deve elevar-se humilde aos pés do Senhor, para recomendar-lhe sua fraqueza, para suplicar-lhe seu amparo, sua indulgência, sua misericórdia. Deve ser profunda, porque é sua alma que deve elevar-se ao Criador e deve transfigurar-se, como Jesus no Tabor, para chegar até ele branca e radiante de esperança e de amor.
Suas preces devem encerrar o pedido das graças de que
vocês necessitam, mas de que necessitam realmente. Inútil, portanto, pedir ao
Senhor que abrevie suas provas, que lhes dê alegrias e riquezas. Peçam-lhe
antes os bens mais preciosos da paciência, da resignação e da fé. Não digam,
como dizem muitos dentre vocês: Não vale a pena orar, porque Deus não me atende.
O que pedem a Deus, na maioria das vezes? Já se lembraram de pedir sua melhoria
moral? Oh, não, muito pouco! O que se lembram
de pedir é sucesso para seus
empreendimentos terrenos, e depois exclamam: Deus não se preocupa
conosco; se se preocupasse, não haveria tantas injustiças. Peçam, pois,
antes de tudo, para se tornarem melhores, e verão que torrentes de graças e consolações
se derramarão sobre vocês! (cap. 5, it. 4).
Orem
incessantemente, sem para isso procurarem seu oratório ou caírem de joelhos nas
praças públicas. A prece diária é o cumprimento dos seus deveres, dos seus
deveres sem exceção, de qualquer natureza que sejam. Não é um ato de amor para com
o Senhor assistirem seus irmãos numa necessidade qualquer, moral ou física? Não
é um ato de reconhecimento elevar a Ele seu pensamento, quando uma felicidade lhes
chega, quando evitam um acidente, ou mesmo quando uma simples contrariedade lhes
toca de leve a alma, e dizem mentalmente: Seja bendito, meu Pai!? Não é
um ato de contrição, se humilharem ante o Juiz Supremo, quando sentirem que faliram,
mesmo que seja por breve pensamento, para lhe dizer: Perdoe-me meu Deus, porque
pequei (por orgulho, por egoísmo ou por falta de caridade); dê-me a força de
não tornar a falir e a coragem de reparar a minha falta!?
Isto independe das preces regulares da manhã e da noite,
e dos dias consagrados; mas, como veem, a prece pode ser feita em todos os
instantes, sem interromper seus trabalhos. Dita assim, ela ao contrário os
santifica. Tenham a certeza de que um só desses pensamentos, partindo do
coração, é mais ouvido por seu Pai celestial do que as longas preces repetidas por
hábito, muitas vezes sem causa determinante e naquela hora convencional às
quais vocês são chamados maquinalmente.
A prece do cristão, do espírita, principalmente, de qualquer culto que seja, deve ser feita no momento em que o espírito retoma o jugo da carne, ela deve elevar-se aos pés da Majestade Divina com humildade, com profundidade, num impulso de reconhecimento por todos os benefícios recebidos até aquele dia. Pela noite transcorrida, durante a qual lhe foi permitido, embora não guarde a lembrança disso, retornar junto aos amigos e aos guias, para nesse contato haurir novas forças e mais perseverança. Ela deve elevar-se humilde aos pés do Senhor, para recomendar-lhe sua fraqueza, para suplicar-lhe seu amparo, sua indulgência, sua misericórdia. Deve ser profunda, porque é sua alma que deve elevar-se ao Criador e deve transfigurar-se, como Jesus no Tabor, para chegar até ele branca e radiante de esperança e de amor.
Tradução livre.
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