27.6.2 Felicidade da oração - Santo Agostinho
Paris, 1861
Venham,
todos vocês que desejem crer. Os espíritos celestes vêm anunciar-lhes grandes
coisas. Deus, meus filhos, abre seus tesouros, para dar-lhes todos os seus benefícios.
Homens incrédulos! Se soubessem como a fé faz bem ao coração, leva a alma ao arrependimento
e à prece! A prece, ah! como são tocantes as palavras que saem dos lábios na
hora da prece! A prece é o orvalho divino, que suaviza o calor excessivo das paixões.
Filha mais velha da fé, ela conduz-nos ao caminho que leva
a Deus. No recolhimento e na solidão, vocês estão com Deus; para vocês já não
existem mistérios, porque eles se revelam a vocês. Apóstolos do pensamento, a vida é para vocês. Sua alma se
liberta da matéria e se lança pelos mundos infinitos e etéreos, que a pobre humanidade
desconhece.
Andem, andem pelas estradas da prece, e ouvirão a voz dos
anjos! Que harmonia! Não é mais o barulho confuso e os sons gritantes da Terra.
São as liras dos arcanjos, são as vozes doces e suaves dos serafins, mais leves
que as brisas da manhã, quando brincam nas folhagens dos seus bosques. Com que alegria então caminharão! Sua linguagem não
poderá exprimir essa ventura, tão rápida, que entra por todos os seus poros,
tão viva e refrescante é a fonte em que se bebe
quando se ora! Doces vozes, inebriantes perfumes, que a alma ouve e aspira,
quando ela se lança a essas esferas desconhecidas e habitadas pela oração!
Sem
mistura com desejos carnais, todas as aspirações são divinas. Orem vocês também
como o Cristo, levando sua cruz ao Gólgota, ao Calvário.
Levem sua cruz e vocês sentirão as doces emoções
que passavam por sua alma, embora carregando o madeiro infamante. Ele ia
morrer, mas para viver a vida celestial, na morada de nosso Pai!
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