12.3.2 O ódio
Fénelon
Bordeaux, 1861
Amem-se e serão
felizes. Acima de tudo, esforcem-se por amar os que lhes inspiram indiferença,
ódio e desprezo. O Cristo, que vocês devem tornar seu modelo, deu-lhes o
exemplo dessa abnegação. Missionário do amor, Ele amou até dar o sangue e a
própria vida. O sacrifício que os obriga a amar os que os ultrajam e perseguem
é penoso, mas é isso, precisamente, o que os torna superiores a eles. Se vocês
os odiassem como eles os odeiam, não valeriam mais do que eles.
É essa a hóstia imaculada que vocês oferecem a Deus, no altar de seus corações, hóstia de agradável odor, cujos perfumes sobem até Ele. Embora a lei do amor nos mande amar indistintamente a todos os nossos irmãos, ela não endurece o coração para os maus procedimentos. É essa, pelo contrário, a prova mais penosa. Eu o sei, pois durante minha última existência terrena experimentei essa tortura. Mas Deus existe, e pune, nesta e na outra vida, os que violam a lei do amor. Não se esqueçam, meus queridos filhos, de que o amor nos aproxima de Deus, e o ódio nos afasta d'Ele.
Tradução livre:
prof. dr. Jorge Leite de Oliveira
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