- Em dia com o Machado 450 -
- A Arte Divina de Jesus Cristo:
- convite para um banquete! (Jó)
O evangelista Lucas relata-nos que José
e Maria foram de Nazaré a Jerusalém, quando seu filho, Jesus, tinha a idade de
doze anos, para participarem da Festa da Páscoa. Ao regressarem do evento, seus
pais perceberam que Jesus não estava mais entre eles e regressaram a Jerusalém
à sua procura. Somente três dias depois, encontraram o adolescente no templo,
entre doutores, com os quais dialogava.
Ali começou a primeira manifestação da arte
divina de Jesus. Os doutores eram arguidos por ele com tão grande
inteligência que se maravilharam com os conceitos espirituais que lhes eram
transmitidos pelo jovem, como lemos no relato de Lucas, 2:47 a 49.
Já adulto, após convocar para segui-lo
seus primeiros discípulos, Jesus percorreu toda a Galileia "ensinando em
suas sinagogas, pregando o Evangelho do Reino e curando todas as
enfermidades e moléstias entre o povo" (Mateus, 4:23). Daí por
diante, ele começou a ser seguido por grande multidão, não só da Galileia, como
também de Decápolis, de Jerusalém, da Judeia e d'além do Jordão (id,
vers. 24).
Então, Jesus subiu a
um monte e proferiu o mais belo e consolador poema de que se tem notícia na
Terra: o Sermão do Monte, relatado por Mateus nos capítulos 5 a 7 do seu
evangelho. Este sermão resume toda a Doutrina do Cristo. Bastar-nos-á
segui-lo para ter uma vida santificada e abençoada no mundo. Sobre ele, disse Mahatma
Gandhi: "Se se perdessem todos os livros sacros da humanidade, e só se
salvasse o Sermão do Monte, nada estaria perdido".
Segundo Mateus, 13:34, Jesus
ensinava por meio de parábolas. O sentido espiritual e moral de sua doutrina
estava sempre presente nelas, que se destinavam não somente aos que as ouviam,
mas a toda a humanidade, e em todos os tempos, como lemos no versículo 35:
"[...] Abrirei em parábolas a boca; publicarei coisas ocultas desde a
criação do mundo".
A arte divina de Jesus está
presente no relato, por todos os evangelistas, dos seus discursos, debates e
suas representações alegóricas, como a da figueira seca (Mateus,
21:18-22), a entrada triunfal em Jerusalém, montado num jumentinho (Marcos,
11:1-11), a expulsão dos vendilhões do templo (Lucas, 19:45, 46), a
cerimônia de lava-pés aos seus discípulos (João, 13:3-8) etc. Sua
linguagem é simples, por vezes clara, por vezes simbólica. Não somente é
entendida pelos doutos, como também pelos incultos. Todos esses exemplos demonstram-nos seu pleno domínio da linguagem
e da arte, associado ao comando das forças da natureza, qual ocorreu nesta
passagem:
E
aconteceu que, num daqueles dias, entrou num barco com seus discípulos, e
disse-lhes: Passemos para o outro lado do lago. E partiram. / E, navegando
eles, adormeceu; e sobreveio uma tempestade de vento no lago, e enchiam-se de
água, estando em perigo. / E chegando-se a ele o despertaram, dizendo: — Mestre,
Mestre, perecemos. Ele levantou-se e repreendeu o vento e a fúria da água, que
cessaram, e fez-se bonança. / E disse-lhes: Onde está a vossa fé? E eles,
temendo, maravilharam-se, dizendo uns aos outros: — Quem é este, que até aos
ventos e à água manda, e lhe obedecem? (Lucas 8:22-25).
Que, neste Natal, convidemos nossas famílias para
um banquete on-line, certos de que, em espírito, estaremos irmanados ao
Cristo. Façamos, assim, do mais jovem ao
mais idoso, a leitura de cada versículo do Sermão do Monte. Não haverá
melhor banquete do que este, pois a Divina Arte de Jesus alimenta nossas almas,
não somente na presente existência, mas por toda a eternidade. Feliz Natal!
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