O Céu e o Inferno
Allan Kardec
Parte 6
Continuamos o estudo metódico do livro “O Céu e o Inferno ou A Justiça Divina segundo o Espiritismo”, de Allan Kardec, com base na 1ª edição da tradução de João Teixeira de Paula publicada pela Lake.
Caso o leitor queira ter em mãos o texto consolidado dos estudos relativos à presente obra, para acompanhar, pari passu, o presente estudo, basta clicar em http://www.oconsolador.com.br/linkfixo/estudosespiritas/principal.html#ALLAN e, em seguida, no verbete "O Céu e o Inferno”.
Eis as questões de hoje:
41. É preciso permissão de Deus para que as almas dos mortos se comuniquem com os homens?
Sim. Segundo o Espiritismo, não ocorre manifestação de quaisquer Espíritos, bons ou maus, sem a permissão de Deus, contrariamente ao que diz a Igreja relativamente aos demônios, os quais, conforme o ensino católico oficial, não necessitam de tal permissão. (O Céu e o Inferno, Primeira Parte, cap. X, item 14.)
42. Um argumento bem forte opõe a Doutrina Espírita à tese acerca da intervenção dos demônios nas manifestações. Qual é ele?
O argumento espírita diz respeito ao conteúdo das manifestações ditas demoníacas. Ora, a experiência comprova que elas têm reconduzido a Deus os que o renegavam e ao bem os escravizados ao mal. E esses supostos demônios fazem mais: dão-nos o espetáculo de milhões de homens acreditando em Deus por intercessão da suposta potência diabólica. Quantos orgulhosos, egoístas e devassos se tornaram humildes, caridosos e recatados?! E tudo por obra do diabo! Ora, se assim fosse, a toda essa gente o demônio teria prestado melhor serviço que os próprios anjos. (Obra citada, Primeira Parte, cap. X, item 17.)
43. A Igreja nega a realidade das manifestações espíritas?
Não. A Igreja admite-as totalmente, mas as atribui à intervenção dos demônios. (Obra citada, Primeira Parte, cap. XI, item 1.)
44. Por que a Igreja insiste em proibir as evocações?
O supremo argumento utilizado pela Igreja, no tocante às evocações dos Espíritos, é a proibição de Moisés contida no Antigo Testamento. (Obra citada, Primeira Parte, cap. XI, itens 1 e 2.)
45. Qual é o verdadeiro motivo que levou a Igreja a condenar as relações dos homens com os Espíritos?
Todas as razões alegadas para condenar as relações com os Espíritos não resistem a um exame sério. Pelo ardor com que se combate nesse sentido é fácil deduzir o grande interesse ligado ao assunto. Daí a insistência. Em vendo esta cruzada de todos os cultos contra as manifestações, dir-se-ia que delas se atemorizam. O verdadeiro motivo poderia bem ser o receio de que os Espíritos muito esclarecidos viessem instruir os homens sobre pontos que se pretende obscurecer, dando-lhes conhecimento, ao mesmo tempo, da certeza de um outro mundo, a par das verdadeiras condições para nele serem felizes ou desgraçados. (Obra citada, Primeira Parte, cap. XI, itens 13 a 15.)
46. O perispírito se separa da alma em virtude do transe da morte corporal?
Não. O perispírito é o envoltório da alma e não se separa dela nem antes nem depois da morte. Ele não forma com ela mais que uma só entidade, e nem mesmo se pode conceber uma sem o outro. (Obra citada, Segunda Parte, cap. I, item 3.)
47. Como se dá, após o transe da morte, a separação da alma?
A extinção da vida orgânica acarreta a separação da alma em consequência do rompimento do laço fluídico que a une ao corpo, mas essa separação nunca é brusca. A separação dá-se de forma gradual. O fluido perispiritual só pouco a pouco se desprende de todos os órgãos, de sorte que a separação só é completa e absoluta quando não mais reste um átomo do perispírito ligado a uma molécula do corpo. (Obra citada, Segunda Parte, cap. I, itens 3 e 4.)
48. São quatro as situações extremas que podem ocorrer no instante da morte. Quais são elas?
Eis as quatro situações extremas dentro de cujos limites há uma infinidade de variantes:
1° - Se no momento em que se extingue a vida orgânica o desprendimento do perispírito for completo, a alma nada sentirá absolutamente.
2° - Se nesse momento a coesão dos dois elementos estiver no auge de sua força, produz-se uma espécie de ruptura que reage dolorosamente sobre a alma.
3° - Se a coesão for fraca, a separação torna-se fácil e opera-se sem abalo.
4° - Se após a cessação completa da vida orgânica existirem ainda numerosos pontos de contacto entre o corpo e o perispírito, a alma poderá ressentir-se dos efeitos da decomposição do corpo, até que o laço inteiramente se desfaça.
Daí resulta que o sofrimento que acompanha a morte está subordinado à força adesiva que une o corpo ao perispírito; que tudo o que puder atenuar essa força, e acelerar a rapidez do desprendimento, torna a passagem menos penosa; e, finalmente, se o desprendimento se operar sem dificuldade, a alma deixará de experimentar qualquer sentimento desagradável. (Obra citada, Segunda Parte, cap. I, item 5.)
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