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terça-feira, 1 de junho de 2021

 

Em dia com o Machado 473

Medicina não combina com política (Jó)


 

Salve, amigo leitor,

Começo esta crônica informando-o sobre o conceito de saúde criado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como “O estado de completo bem-estar físico, mental e social e não apenas a ausência de doença”. Para tratar, legalmente, a saúde de cada ser, seja ele humano ou animal, é preciso cursar medicina.

Segundo  minha douta amiga Wikipédia, "A medicina é uma das muitas áreas do conhecimento ligada à manutenção e restauração da saúde. Ela trabalha, num sentido amplo, com a prevenção e a cura das doenças humanas e animais num contexto médico".  

O curso de medicina é um dos mais difíceis e concorridos que conhecemos. Além de seis anos de estudos e práticas regulares, ainda são exigidos do bom médico mais dois duros anos da especialização denominada "residência médica".

Também consultei meu amigo Houaiss no Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa sobre o conceito de medicina. Ele informou-me que a  medicina é o “conjunto de conhecimentos relativos à manutenção da saúde, bem como à prevenção, tratamento e cura das doenças, traumatismos e afecções, considerada por alguns como técnica e, por outros, uma ciência". A medicina estende-se a "grupos ou sistemas medicais", tais como: medicina popular e medicina homeopática, entre outras, tratadas como "terapias alternativas".

Essas terapias, como a espiritual, não substituem a medicina tradicional, mas a complementam no aspecto mental, produzindo, muitas vezes, a cura, pois tratam o doente não somente com base nos sinais e sintomas apresentados, mas no seu estado psicossomático. Foi assim que Jesus curou muitas pessoas. Há vários relatos de médicos que, sem esperança de cura da própria enfermidade pela medicina tradicional, curaram-se com a terapia alternativa.

Segundo pessoa da área médica, cujo currículo impressiona, ao longo de 30 anos dedicados à medicina, "Não é o legislativo, nem o judiciário, nem a imprensa que devem dizer como um médico deve tratar seu paciente".

Ao tomar conhecimento do verdadeiro apostolado que é a profissão de médico, não podemos deixar de concordar com ela. O juramento do médico foi formulado por Hipócrates, fundador da medicina no século V a.C. Dessa época aos dias atuais, foi atualizado. É proferido solenemente por todos os formandos em medicina após a conclusão de seus cursos.

Ao médico cabe o cuidado com a saúde do paciente e os esforços para salvar sua vida de tudo aquilo que a ameace, seja de origem física, mental e social. Por isso, quando se forma, ele presta o chamado "juramento de Hipócrates", que é uma promessa do exercício honesto de sua profissão. Vejamos o que diz o atual "juramento do médico":

 

[...] prometo solenemente dedicar minha vida a serviço da humanidade;

a saúde e o bem-estar de meu paciente serão minha primeira consideração;

respeitarei a autonomia e a dignidade do meu paciente;

manterei o maior respeito pela vida humana;

não permitirei discriminações de idade, doença ou deficiência, credo, origem étnica, gênero, nacionalidade, afiliação política, raça, orientação sexual, posição social ou qualquer outro fator que interfira entre meu dever e meu paciente;

respeitarei os segredos que me são confiados, mesmo após o paciente ter morrido;

promoverei minha profissão com consciência e dignidade e de acordo com a boa prática médica;

promoverei a honra e as nobres tradições da profissão médica;

darei aos meus professores, colegas e alunos o respeito e a gratidão que lhes são devidos;

compartilharei meu conhecimento médico em benefício do paciente e o avanço da saúde;

assistirei minha própria saúde, bem-estar e habilidades, a fim de fornecer cuidado no mais alto padrão;

não utilizarei meu conhecimento médico para violar direitos humanos e liberdades civis, mesmo sob ameaça;

faço as promessas solenemente, livremente e em minha honra.

 

Pelo que destaquei, amigo leitor, podemos observar que medicina e política não se coadunam. Há médicos que, ao examinarem seu paciente, fazem uma anamnese holística da pessoa cuja saúde está afetada. Não tratam apenas os sinais e sintomas visíveis, mas também o estado psíquico individual observado do doente. Daí a recomendação médica de não nos automedicarmos, haja vista que o mesmo medicamento que pode curar um também pode ser fatal a outro. É um desrespeito, ante o juramento hipocrático, um leigo ou mesmo um especialista manifestar-se, publicamente, contra a conduta de médico ou colega seu. Salvo atitude criminosa comprovada.

Respeitemos a medicina, mas também a ética do médico, e não falemos do que desconhecemos ou do que contraria nossos desejos políticos. Entre os médicos, a residência médica estabelece diversas especializações e cautelas, mesmo entre os próprios especialistas, que poderão optar por tratamentos alternativos reconhecidos como eficazes em alguns de seus pacientes.

Reitero que a medicina não é ciência exata. O que prejudica um paciente pode salvar outro. Daí não ser correto tentar desacreditar publicamente um profissional médico, mormente quando dedica a vida à sua profissão com honestidade e ética. Do exposto, concluo que medicina não combina com política.

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