Em dia com o Machado 473
Medicina não combina com política (Jó)
Salve, amigo leitor,
Começo esta crônica informando-o sobre o
conceito de saúde criado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como “O
estado de completo bem-estar físico, mental e social e não apenas a ausência de
doença”. Para tratar,
legalmente, a saúde de cada ser, seja ele humano ou animal, é preciso cursar
medicina.
Segundo minha douta amiga Wikipédia, "A medicina
é uma das muitas áreas do conhecimento ligada à manutenção e restauração da
saúde. Ela trabalha, num sentido amplo, com a prevenção e a cura das doenças
humanas e animais num contexto médico".
O curso de medicina é um dos mais
difíceis e concorridos que conhecemos. Além de seis anos de estudos e práticas
regulares, ainda são exigidos do bom médico mais dois duros anos da especialização
denominada "residência médica".
Também consultei meu amigo Houaiss no Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa sobre o conceito de medicina. Ele informou-me que a medicina é o “conjunto de conhecimentos
relativos à manutenção da saúde, bem como à prevenção, tratamento e cura das
doenças, traumatismos e afecções, considerada por alguns como técnica e,
por outros, uma ciência". A medicina estende-se a "grupos ou
sistemas medicais", tais como: medicina popular e medicina homeopática,
entre outras, tratadas como "terapias alternativas".
Essas terapias, como a espiritual, não substituem a medicina
tradicional, mas a complementam no aspecto mental, produzindo, muitas vezes, a
cura, pois tratam o doente não somente com base nos sinais e sintomas
apresentados, mas no seu estado psicossomático. Foi assim que Jesus curou
muitas pessoas. Há vários relatos de médicos que, sem esperança de cura da
própria enfermidade pela medicina tradicional, curaram-se com a terapia
alternativa.
Segundo pessoa da área médica, cujo
currículo impressiona, ao longo de 30 anos dedicados à medicina, "Não é o
legislativo, nem o judiciário, nem a imprensa que devem dizer como um médico
deve tratar seu paciente".
Ao tomar conhecimento do verdadeiro
apostolado que é a profissão de médico, não podemos deixar de concordar com
ela. O juramento do médico foi formulado por
Hipócrates, fundador da medicina no século V a.C. Dessa época aos dias atuais,
foi atualizado. É proferido solenemente por todos os formandos em medicina após
a conclusão de seus cursos.
Ao médico cabe o
cuidado com a saúde do paciente e os esforços para salvar sua vida de tudo
aquilo que a ameace, seja de origem física, mental e social. Por isso, quando
se forma, ele presta o chamado "juramento de Hipócrates", que é uma
promessa do exercício honesto de sua profissão. Vejamos o que diz o atual
"juramento do médico":
[...] prometo solenemente dedicar minha vida a
serviço da humanidade;
a saúde e o bem-estar de meu paciente serão minha
primeira consideração;
respeitarei a autonomia e a dignidade do meu
paciente;
manterei o maior respeito pela vida humana;
não permitirei discriminações de idade, doença
ou deficiência, credo, origem étnica, gênero, nacionalidade, afiliação política, raça, orientação
sexual, posição social ou qualquer outro fator que interfira entre meu dever e
meu paciente;
respeitarei os segredos que me são confiados, mesmo
após o paciente ter morrido;
promoverei minha profissão com consciência e
dignidade e de acordo com a boa prática médica;
promoverei a honra e as nobres tradições da
profissão médica;
darei aos meus professores, colegas e alunos o respeito e a gratidão que lhes são devidos;
compartilharei meu conhecimento médico em
benefício do paciente e o avanço da saúde;
assistirei minha própria saúde, bem-estar e
habilidades, a fim de fornecer cuidado no mais alto padrão;
não utilizarei meu conhecimento médico para violar
direitos humanos e liberdades civis, mesmo sob ameaça;
faço as promessas solenemente, livremente e em
minha honra.
Pelo que destaquei,
amigo leitor, podemos observar que medicina e política não se coadunam. Há
médicos que, ao examinarem seu paciente, fazem uma anamnese holística da pessoa
cuja saúde está afetada. Não tratam apenas os sinais e sintomas visíveis, mas
também o estado psíquico individual observado do doente. Daí a recomendação
médica de não nos automedicarmos, haja vista que o mesmo medicamento que pode
curar um também pode ser fatal a outro. É um desrespeito, ante o
juramento hipocrático, um leigo ou mesmo um especialista manifestar-se,
publicamente, contra a conduta de médico ou colega seu. Salvo atitude criminosa
comprovada.
Respeitemos a
medicina, mas também a ética do médico, e não falemos do que desconhecemos ou
do que contraria nossos desejos políticos. Entre os médicos, a residência
médica estabelece diversas especializações e cautelas, mesmo entre os próprios
especialistas, que poderão optar por tratamentos alternativos reconhecidos como
eficazes em alguns de seus pacientes.
Reitero que a
medicina não é ciência exata. O que prejudica um paciente pode salvar outro.
Daí não ser correto tentar desacreditar publicamente um profissional médico,
mormente quando dedica a vida à sua profissão com honestidade e ética. Do
exposto, concluo que medicina não combina com política.
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