Cantinho da poesia
As sombras
(Jorge
Leite de Oliveira)
Eu via sombras quando era
criança,
Que minha mãe jamais dava
importância...
Pressenti muitos vultos
do meu lado,
Mas eram sombras, traços
já traçados...
Eu me assustava quando
era pequeno,
Mas tu mantinhas-me
sempre sereno.
Foste tu quem me
socorreste... eu via...
Contigo, a vida sempre me
sorria.
E, para sempre, ela
sorrir-me-á,
Pois teu amor jamais me
faltará.
Agora os vultos já não
mais dão saltos
Como os que via nos
tempos transatos.
Aquelas marcas que pensei
ser minhas
Não eram só as sombras
vis, daninhas.
Vários espectros vinham
de pomares,
Havia tramas da terra e
dos mares...
Também havia, ali, passos
sagrados,
Vultos amigos, de tempos
passados...
Nem toda sombra que
pensei ser minha
Era meu vulto e nem vinha
sozinha.
Uma era Deus, que nunca
me deixou,
E as outras, anjos que
Ele me enviou.
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