28.5 (5) Preces pelos
doentes e pelos obsidiados
Pelos
doentes
1. (77) Prefácio
As doenças fazem parte das provas e das vicissitudes da vida
terrestre. Fazem parte da grosseria
da nossa natureza material e da inferioridade do mundo em que habitamos. As paixões
e os excessos de toda espécie semeiam em nós germes malsãos, muitas vezes hereditários.
Nos mundos mais avançados, física e moralmente, o organismo humano, mais depurado
e menos material, não está sujeito às mesmas
enfermidades que o nosso, e o corpo não é minado secretamente pela devastação das
paixões (cap. 3, item 9). É necessário, pois, que nos resignemos a sofrer as
consequências do meio em que nos situa nossa inferioridade, até que mereçamos
mudá-lo. Isso, entretanto, não deve impedir-nos, enquanto esperamos tal
mudança, de fazer o que dependa de nós para melhorar nossas condições atuais.
Mas, se apesar de nossos esforços, não pudermos
fazê-lo, o Espiritismo nos ensina a suportar com resignação nossos males
passageiros.
Se Deus não quisesse que pudéssemos curar ou aliviar
os sofrimentos corporais, em certos casos, não teria colocado recursos de cura
à nossa disposição. Sua previdente solicitude, a esse respeito, confirmada pelo
instinto de conservação, mostra que o nosso dever é procurar esses recursos e
aplicá-los.
Ao lado da medicação ordinária, elaborada pela
ciência, o magnetismo nos deu a conhecer
o poder da ação fluídica, e depois o Espiritismo veio revelar-nos outra espécie
de força, através da mediunidade curadora e da influência da prece
(Veja-se, a seguir, notícia sobre mediunidade curadora, item 81).
2. (78) Prece (Para ser feita pelo doente)
O Senhor é todo justiça, e se me enviou a doença é porque
a mereci, pois nunca impõe sofrimento sem causa. Coloco minha cura, portanto, sob sua infinita misericórdia. Se for de seu
agrado, restabelecer-me a saúde, bendito seja seu nome; se, pelo contrário, eu
tiver de continuar sofrendo, bendito seja ainda seu nome. Submeto-me sem
murmurar aos seus divinos desígnios, porque tudo que faz só pode ter por fim, o
bem das suas criaturas.
Faça, ó Meu Deus, que esta doença seja para
mim um aviso salutar que me leve a refletir sobre minha conduta.
Aceito-a como uma expiação do passado e como uma
prova para minha fé e minha submissão à sua santa vontade (Veja a prece o item
40).
3. (79) Prece (para o doente)
Meu Deus, são impenetráveis os seus desígnios,
e na sua sabedoria enviou a fulano
uma enfermidade. Lança-lhe, eu lhe suplico, um olhar de compaixão, e digne-se
por um fim aos seus sofrimentos!
Bons Espíritos, ministros do Todo-Poderoso,
secundem, eu lhes peço, meu desejo de aliviá-lo. Dirijam o meu pensamento, a
fim de que possa derramar um bálsamo salutar em seu corpo, e consolação em sua alma.
Inspirem-lhe paciência e submissão à vontade
de Deus; e deem-lhe força de suportar suas dores com resignação cristã, para
não perder os resultados desta prova. (Ver sobre a prece, item 57).
4. (80) Prece (para ser dita pelo
médium curador)
Meu Deus, se quiser servir-se de mim, apesar de eu ser tão
indigno, poderei curar esta enfermidade, desde que seja essa sua vontade,
porque tenho fé no seu poder. Mas nada posso sem você. Permita aos bons Espíritos
impregnar-me com seu fluidos salutares, a fim de que os possa transmitir a este
doente, e afastem de mim qualquer pensamento de orgulho e de egoísmo, que lhes
pudesse alterar a pureza.
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