Cantinho da poesia
Meus 68 anos –
Jorge Leite de Oliveira
Oh! que saudades que tenho
Da aurora da minha vida,
Da minha infância querida
Que os anos não trazem mais!
Da aurora da minha vida,
Da minha infância querida
Que os anos não trazem mais!
(Casimiro de Abreu. Meus oito anos)
Oh!
que saudades do tempo
Dos
encontros de família,
Dos
beijos do filho e filhas,
E
do carinho dos netos.
Que
dias maravilhosos,
Em
que os podia abraçar
Sem
distinção de lugar
Num
gesto puro de amor.
Agora,
do lar recluso,
Avisto
o lago azulado
Tristonho,
de olhar nublado,
Qual
réu inocente preso.
O
céu perdeu a beleza,
Muitas
mortes por Covid,
Raquel
chora comovida,
E
as ruas ermas e escuras.
Nada
dos rios de outrora,
Tudo
de muita incerteza,
Revolta
da Natureza,
Isso
é o que parece certo.
Naqueles
dias de outrora,
Subíamos
nas montanhas,
Adentrávamos
entranhas
De
cavernas com morcegos...
Já
não se lembrava a prece,
Duvidava-se
de Deus,
E
a multidão dos ateus
Humilhava
Jesus Cristo...
O
esporte virou batalha
Fora
das competições
De
criminosos, ladrões,
Que
maltratavam famílias.
As
nascentes destruídas,
O
extermínio de animais,
Os
filhos longe dos pais,
E
pais distantes dos filhos...
As
brincadeiras de infância,
Debaixo
das bananeiras,
Viraram
puras besteiras
Ante
os modernos I-Phones.
Oh!
que saudades do tempo
Dos
abraços imortais
Entre
avós, filhos e pais,
Entre
nossos bons amigos.
Mesmo
em tempos virtuais,
Que
amor, que felicidade,
Comemorar
de verdade
Meus
68 anos!
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