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sexta-feira, 10 de abril de 2020




9.2.3 Obediência e resignação
Lázaro
Paris, 1863

A doutrina de Jesus ensina, em todos os seus pontos, a obediência e a resignação, duas virtudes companheiras da doçura, muito ativas, embora os homens as confundam erroneamente com a negação do sentimento e da vontade. A obediência é o consentimento da razão; a resignação é o consentimento do coração. Ambas são forças ativas, porque levam o fardo das provas que a revolta insensata deixa cair.
O covarde não pode ser resignado, assim como o orgulhoso e o egoísta não podem ser obedientes. Jesus foi a encarnação dessas virtudes desprezadas pela antiguidade materialista. Chegou no momento em que a sociedade romana perecia nas fraquezas da corrupção.  Ele veio iluminar o seio da humanidade abatida com os triunfos do sacrifício e da renúncia carnal.
Cada época é assim marcada pelo cunho da virtude ou do vício que a devem salvar ou perder. A virtude de sua geração é a atividade intelectual, seu vício é a indiferença moral. Digo somente atividade, porque o gênio se eleva de repente e descobre, por si mesmo, os horizontes que a multidão só verá depois dele, enquanto a atividade é a reunião dos esforços de todos, para atingir um fim menos brilhante, mas que prova a elevação intelectual de uma época.
Submetam-se ao impulso que vimos dar aos seus Espíritos. Obedeçam à grande lei do progresso, que é a palavra da sua geração. Ai do Espírito preguiçoso, daquele que fecha seu entendimento! Ai dele! porque nós, que somos os guias da Humanidade em marcha, o chicotearemos, e forçaremos sua vontade rebelde, com a dupla ação do freio e da espora.
Toda resistência orgulhosa terá que ceder cedo ou tarde. Mas bem-aventurados os que são mansos, pois ouvirão docemente os ensinamentos.

Tradução livre, em terceira pessoa, pelo Prof. Dr. Jorge Leite de Oliveira.

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