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domingo, 17 de março de 2024

 
EM DIA COM O MACHADO 618
Ponderações bíblicas e espíritas sobre a política (Jó)



 

    Alma amiga, um dos atributos de Deus é a onisciência, desse modo, muito antes de nós, Ele já sabe o que acontecerá no futuro da Terra. Diversas pessoas perderam sua fé nestes dias turbulentos, em que atitudes bárbaras vêm provocando conflitos bélicos em diversos países, após uma pandemia devastadora, com a morte de milhões de seres humanos.
    Nada que não esteja, também, previsto por Jesus Cristo, a quem Deus confiou os destinos da Terra.
    O espírita cristão não deve envolver-se diretamente em questões políticas, embora não se deva alienar sobre o que existe nesse sentido, em virtude da facilidade de informações que a internet nos proporciona atualmente. Nosso líder máximo, porém, é Jesus.  
    Vejamos, por exemplo, os conceitos de esquerda ou direita que traz a Bíblia. Como a maioria das pessoas é destra, os canhotos, ou seja, aqueles que usam os membros esquerdos, são minorias. Milênios antes das denominações atuais, a direita representava a maioria destra e a esquerda a minoria canhota da população; mas o significado dessas palavras era figurado e não político. 

    Foi no sentido de retidão do caráter que Salomão, em Provérbios, 4:28, afirmou: “Não te desvies nem para a direita e nem para a esquerda, afasta os teus passos do mal” (Bíblia de Jerusalém).
    Na mesma bíblia, lemos no Eclesiastes que “O sábio se orienta bem, o insensato se desviac”. No rodapé da página, está escrito: c) Lit. “o coração do sábio para a direita, o do insensato para a esquerda”. Ainda assim, o sentido é figurado, como dissemos acima.
Em João, 7:24, lemos o seguinte: “Não julguem apenas pela aparência, mas façam julgamento justo”.
    Paulo, em Romanos, 14:12 afirma: “Assim,  cada um de nós prestará contas a Deus de si próprio” (Bíblia de Jerusalém).
Não custa lembrar o que também disse Jesus aos discípulos dos fariseus que lhe apresentaram uma moeda com o desenho da face de César num dos lados e lhe perguntaram se seria “lícito pagar o tributo a César”: “— [...] Dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus”  (Mateus, 22:15 a 21).
    Com relação à política, consideramos, pois, atualíssima a recomendação de Allan Kardec na Revista Espírita de fevereiro de 1862, após chamar a atenção para a tática dos adversários do Espiritismo de nos afastar do objetivo verdadeiro da Doutrina Espírita: “Procurai, no Espiritismo, aquilo que vos pode melhorar; eis o essencial. Quando os homens forem melhores, as reformas sociais verdadeiramente úteis serão uma consequência natural”.
    No mais, fico por aqui com meu esforço de “Benevolência para com todos, indulgência para as imperfeições dos outros e perdão das ofensas” (Kardec, Allan. O livro dos espíritos, questão 886).


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