Mal
dos séculos
(Irmão
Jó)
Há
milhares de anos, um monstro assassino
Vem
ceifando mil vidas, selando o destino,
Em
plena mocidade, de jovens poetas
Que,
em rompante de dor, se tornaram profetas.
Castro
Alves em condoreirismo sentia
Que
um terrível mal já o destruiria.
Não
morreu de gangrena da perna perdida,
Mas
morreu da doença do peito sofrida.
Casimiro
de Abreu descansou no seu leito
Com
sonho sofredor e muita dor no peito.
Cruz
e Sousa um poema à Gavita escreveu
E
também de seu mal ele próprio morreu.
Um
dos maiores músicos, grande Chopin,
Despediu-se
do mundo e foi tocar no Além.
De
que monstro tu falas, meu nobre poeta?
É
da tuberculose, assassina de séculos
Que
milhões já matou e já volta a matar,
Mas
que já felizmente se pode curar.
Se
sentires sintomas da tuberculose,
Tratamento
te cura em seis meses de doses.
Brasília,
DF, 24 de março de 2024. Dia mundial de combate à tuberculose.
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