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domingo, 24 de março de 2024

 

Mal dos séculos
(Irmão Jó)



 
Há milhares de anos, um monstro assassino
Vem ceifando mil vidas, selando o destino,
 
Em plena mocidade, de jovens poetas
Que, em rompante de dor, se tornaram profetas.
 
Castro Alves em condoreirismo sentia
Que um terrível mal já o destruiria.
 
Não morreu de gangrena da perna perdida,
Mas morreu da doença do peito sofrida.
 
Casimiro de Abreu descansou no seu leito
Com sonho sofredor e muita dor no peito.
 
Cruz e Sousa um poema à Gavita escreveu
E também de seu mal ele próprio morreu.
 
Um dos maiores músicos, grande Chopin,
Despediu-se do mundo e foi tocar no Além.
 
De que monstro tu falas, meu nobre poeta?
É da tuberculose, assassina de séculos
 
Que milhões já matou e já volta a matar,
Mas que já felizmente se pode curar.
 
Se sentires sintomas da tuberculose,
Tratamento te cura em seis meses de doses.
 
Brasília, DF, 24 de março de 2024. Dia mundial de combate à tuberculose.

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