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quarta-feira, 13 de julho de 2022


 

CONSTRUÇÃO DO AMOR 

Lamentas, coração, o dever que te prende,
Quase que o dia inteiro,
Como se a vida se te fosse
Doloroso e pesado cativeiro.
 
Não te queixes... Se tens obrigações
Plenas de encargos extras, ao redor,
Tranquiliza-te e pensa
Que a bondade de Deus nos dá sempre o melhor.
 
Em toda parte, a Natureza
É um campo de lições sábias e novas,
Edificando exemplos para a vida
E indicando roteiro às nossas provas.
 
Não fosse o tronco anoso e resistente,
Suportando granizo e tufões escarninhos
Não surgiriam frondes vigorosas
Acalentando a música dos ninhos.
 
Não fossem as montanhas empedradas,
Cuja forma quase não se descerra,
O mar invadiria os continentes,
Destruindo cidades sobre a Terra.
 
Sem o solo gemendo, ao passo dos tratores,
Sem o arado a rasgar-lhe o coração fecundo
A Civilização não teria colheitas
Para extinguir a fome que há no mundo.
 
Se a ama do estábulo recusasse a estaca
Em que o ordenhador a fere e desafia
Para furtar-lhe o sangue transformado em leite,
Quanta criança morreria!...
 
Assim no mundo, coração amigo,
Quem não estende o bem, nem decide a se expor
À renúncia, ao trabalho e ao sacrifício,
Não consegue servir na construção do Amor!...
 
ESPÍRITOS DIVERSOS. Fé e vida. Psicografado por Francisco Cândido Xavier. Brasília: FEB; São Paulo: CEU, 2014.


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