EM DIA COM O
MACHADO 532:
O LIVRO ESPÍRITA
(Jó)
Amigo leitor, conforme já lhe disse, há
algum tempo, à noite, costumo encontrar-me com alguns amigos espirituais. Na
última noite, vi-me sentado num banco da Federação Espírita Brasileira, em sua
sede de Brasília. O ano era 1989, e o palestrante era o nobre espírito André
Luís. O tema da noite intitulava-se Ante
o livro espírita[1].
Após a prece inicial do Sr. João de Jesus Moutinho, diretor à época que presidia a reunião, a palavra foi passada a André, que iniciou dizendo:
Melhore
suas aquisições, buscando algo novo. Mas compre o livro espírita, que lhe indicará
o caminho para mais alta renovação.
Ampare
a escola que alfabetiza. Mas sustente o livro espírita que educa.
Consulte
o noticiário, com respeito aos sucessos do mundo. Mas ouça o livro espírita, a
fim de erguer-se a horizontes mais vastos.
Compareça
às obras de socialização e progresso. Mas ajude o livro espírita na
consolidação da verdadeira fraternidade.
Brinde
o companheiro com a novidade do dia. Mas dê-lhe o livro espírita, que é valor para
toda hora.
Aconselhe
a utilização dos produtos que favoreçam a saúde e o asseio do corpo. Mas
divulgue o livro espírita, que mantém o equilíbrio e a higiene da alma.
Observe
o cinema, o rádio, a televisão e as outras formas da arte, buscando conhecer. Mas
atenda ao livro espírita, que ensina a discernir.
Prestigie
os métodos da lavoura e as técnicas da indústria, o comércio e as obras coletivas,
tanto quanto os outros campos de ação e produção. Mas estimule o livro
espírita, que ilumina o trabalho.
Socorra
esse ou aquele irmão caído, entre as sombras da prova. Mas ofereça-lhe o livro
espírita, que aclara o entendimento.
Enriqueça o ambiente próprio com fatores de conforto e alegria. Mas recorde que o livro espírita é bênção de Jesus, aprimorando a vida com você e em você.
Em seguida, André comentou cada uma das
frases anteriores, começando por esta: Ampare a escola que alfabetiza. Mas
sustente o livro espírita que educa.
“A escola é o sagrado instituto que nos
faz conhecer, desde as primeiras letras, até os notáveis inventos criados pelos
homens e mulheres de gênio. Isso nos ensinam aqueles que fazem da instrução um
verdadeiro sacerdócio. Entretanto, é preciso que a família se ocupe de sua
missão educativa, a fim de que nossas más tendências como orgulho, vaidade,
impiedade, ódio... não se desviem, na prática, da finalidade do conhecimento,
que é a promoção do bem de todos. Nesse sentido, e também para que haja
harmonia, paz e contentamento no lar, sugerimos a reunião do casal, junto à
prole, quando houver, do que se convencionou chamar de culto do evangelho no
lar, durante meia hora por dia, no final das atividades profissionais. Sugiro
também que a obra básica para esses estudos seja O Evangelho Segundo o
Espiritismo, cuja leitura deve ser sequencial e complementada por outras
obras do chamado pentateuco Kardequiano, que começa pel’O Livro dos
Espíritos.”
Após repetir e comentar cada uma das
frases iniciais, Luís dissertou sobre a última: Enriqueça o ambiente próprio
com fatores de conforto e alegria. Mas recorde que o livro espírita é bênção de
Jesus, aprimorando a vida com você e em você.
“O conhecimento, mormente o que nos
proporciona a ascensão profissional, com melhoria das condições de vida e
momentos felizes, é da mais alta importância em cada nova etapa reencarnatória.
Não nos devemos esquecer, todavia, de que o livro espírita lido, sentido,
refletido e praticado, no dia a dia, é uma bênção do Cristo incomparável, pelas
luzes trazidas por ele para sempre. Examinemos todas as boas obras espíritas
que pudermos, mas comecemos por Kardec à luz do Evangelho de Jesus. E, como
recomenda-nos Paulo de Tarso: ‘retenhamos o bem’, imitando Jesus Cristo, nosso
guia e modelo, bem como Allan Kardec, ‘o bom senso encarnado’, conforme sobre
este afirmou Camille Flammarion.”
Acordei de olhos lacrimosos, ouvindo a
despedida do bondoso espírito André Luís, acompanhado por um belíssimo coro
musical do mais além: “Sigamos com Jesus em todos os passos de nossa jornada
evolutiva. Paz e luz!”
Ao seu lado, ainda me lembro de ter visto
João de Jesus Moutinho, que orava e chorava comovido.
[1] André Luiz (espírito). Ante o livro espírita.
Psicografado por Chico Xavier. Fonte: O Espírita Mineiro, número 210,
julho/outubro de 1989.
Jó, excepcional!! Gosto muito dos seus “escritos”. Amigo!!
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