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sábado, 23 de maio de 2020



10.4 O cisco e a trave no olho (para 22 maio 2020)

Por que você repara no cisco que está no olho do seu irmão, e não vê a trave no seu olho? Ou como diz a seu irmão: Deixe-me tirar o cisco do seu olho, você que tem uma trave no seu? Hipócrita, tire primeiro a trave do seu olho, e então verá como há de tirar o cisco do olho de seu irmão (Mateus, 7:3-5).

Uma das imperfeições da humanidade é a de vermos o mal de outrem antes de vermos o mal que está em nós. Para julgar-se a si mesmo, seria preciso mirar-se num espelho, transportar-se, de certo modo, para fora de si mesmo, e considerar-se como outra pessoa e se questionar: Que pensaria eu, se visse alguém fazendo o que faço? É o orgulho, incontestavelmente, o que leva o homem a disfarçar, para si, seus próprios defeitos, tanto morais como físicos.
Essa imperfeição é essencialmente contrária à caridade, pois a verdadeira caridade é modesta, simples e indulgente. A caridade orgulhosa é um contrassenso, pois esses dois sentimentos se neutralizam mutuamente.
Com efeito, um homem bastante vaidoso para crer na importância de sua personalidade e na supremacia de suas qualidades, poderia ter ao mesmo tempo bastante abnegação para ressaltar nos outros o bem que poderia eclipsá-lo, em lugar do mal que o poderia realçar? Se o orgulho é a o pai de muitos vícios, é também a negação de muitas virtudes. Nós encontramo-lo no fundo e como causa de quase todas as ações. Foi por isso que Jesus se empenhou em combatê-lo, como principal obstáculo ao progresso.

Tradução livre, em terceira pessoa, pelo Prof. Dr. Jorge Leite de Oliveira.

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