EM DIA COM O MACHADO 418:
Reencontros (Jó)
Nesse
tempo de pandemia, refletimos em como nossas vidas são guiadas por Deus e somos
levados aonde nossos guias espirituais desejem, no tempo certo, com as pessoas
certas e no lugar exato. Ainda que esse local, nessa época de rede mundial de
comunicação, seja virtual, e a pessoa tenha sido vista por nós somente em tenra
idade, até o momento do reencontro, várias décadas depois.
Esse
laço que nos une às pessoas é previsto pelos Espíritos no primeiro livro do
chamado pentateuco kardequiano: O Livro dos Espíritos. Na questão
459, Allan Kardec pergunta: "Os Espíritos influem em nossos pensamentos e
em nossos atos?" E a resposta é a seguinte: "Muito mais do que
imaginais, pois frequentemente são eles que vos dirigem".
Mais
adiante, na questão 525, Kardec torna a indagar: "Os Espíritos exercem alguma influência nos
acontecimentos da vida?" E obtém esta resposta: "Certamente, pois que
vos aconselham".
Logicamente,
nosso livre-arbítrio é respeitado, mas em geral não podemos fugir da
programação que é traçada, no plano espiritual, antes de reencarnarmos. A
Terra, atualmente, ultrapassou 7,6 bilhões de almas humanas viventes. Seria,
portanto, normal que, em meio a esse turbilhão de pessoas, dificilmente alguém
encontrasse, fora de seu núcleo de parentes conhecidos, e em regiões distantes,
novos membros. Entretanto, há
inúmeros casos de pessoas que encontram, noutro país, parente que desconheciam
ou acreditavam estar mortos.
É o
caso que nos foi apresentado, num programa de TV, segundo o qual, Nelma,
cabeleireira em Itajubá, MG, engravidara aos quatorze anos. Não desejando que seus
pais soubessem sua situação, a futura mãe escondeu a gravidez e, assim que a
criança nasceu, entregou-a para adoção a um casal brasileiro que iria morar no
Canadá. Algum tempo depois, esse casal, mentindo, disse a Nelma que a filha
desta morrera. E nunca mais lhe deu notícia.
Trinta
e um anos depois, a criança, agora moça, chamava-se Ana, estava casada e ficou
órfã da mãe adotiva, que nunca lhe escondera sua origem. Então, resolveu
pesquisar na internet se sua mãe natural ainda estava viva. Até que,
certo dia, emocionada, leu no Google, um poema feito por um amigo de
Nelma dedicado a esta. Incentivada pelo marido, Ana escreveu uma carta para um canal de televisão, que promoveu o reencontro entre mãe e filha.
Hoje,
se relacionam muito bem ela, sua mãe e as duas irmãs que a genitora tivera
depois dela. Ana mantém muito contato com a mãe e, anualmente, passa as férias com
a nova família em Minas Gerais.
Outra
história curiosa, já citada em crônica
passada, foi a de quando eu e família, que moramos em Brasília, sem nunca
antes termos ido a Pernambuco, nos hospedamos, por uma noite, na casa de uma colega de trabalho
de meu irmão em Boa Viagem, que não conhecíamos. Ambos trabalharam no mesmo
banco, e ela mostrou-nos foto tirada com ele. Por esse tempo, esse irmão e sua família voltaram a morar no Rio.
Agora,
outro caso interessante. Quando criança, eu
tinha um padrinho e uma madrinha de batismo, embora meu pai fosse
espírita convicto. É que, nessa época, os espíritas, em sua maioria, provinham
de famílias católicas e respeitavam seus rituais.
Curioso
é que, atualmente, com 68 anos de idade, eu jamais me lembrara de haver tido outra
madrinha, além da já falecida, que morou no Rio de Janeiro, onde eu residira
até os 22 anos de idade. Também nenhum de meus seis irmãos tinha qualquer
lembrança disso. E minha mãe, viúva aos 40 anos e falecida aos 89, enquanto
vivera, nunca se referira ao fato de eu ter outra madrinha, além da que fora
minha tia.
Há
poucos dias, porém, nossa prima de Tombos, MG, manda uma mensagem para um dos
meus irmãos que mora em Boyton Beach, EUA, há anos, com sua família, filhos
e netos. A mensagem fonada dizia assim: "Sílvia disse que é madrinha do
Jorginho", nome pelo qual eu sempre fui tratado, carinhosamente, em
família.
Isso
foi o suficiente para que eu me lembrasse do tempo em que, residindo logo
abaixo da Igreja da Penha, no Rio de Janeiro, aos seis anos, fora crismado por
uma linda jovem, que depois se casou, foi morar na Alemanha, onde teve um
filho, e depois, na Venezuela, onde teve outro. Atualmente, viúva, minha madrinha
mora em Juiz de Fora.
Conto
esses casos para que os meus amáveis leitores percebam que não existe adeus
definitivo. Nossa família, na Terra, é muito maior do que imaginamos. E não há
acaso em nossas vidas e, sim, programação dos nossos guias espirituais antes de
reencarnarmos.
Podemos
mesmo dizer, como falava Jesus, que todos somos filhos do mesmo Pai e,
portanto, irmãos criados para se amarem. Assim, ainda que estejamos
temporariamente afastados uns dos outros, seja lá qual for o motivo, tudo isso
passa. E, quando for o momento certo, voltaremos a nos reunir, pois somos uma
grande família interexistente entre dois mundos: o físico e o espiritual.
Belo texto!!!
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