EM DIA COM O MACHADO 419:
O cientista que mudou o Brasil (Jó)
Bom dia, queridos leitores! Falo-lhes,
hoje, sobre Oswaldo Cruz.
Nascido
em 5 de agosto de 1872, na cidade de São Luís de Paraitinga, SP, quando estava
com cinco anos de idade, sua família mudou-se para o Rio de Janeiro. Seu pai
era médico, e ele, aos quinze anos,
ingressou na Faculdade de Medicina da então Capital do Brasil.
Oswaldo
tinha tanto interesse pela bacteriologia que criou, no porão de sua casa, um
minilaboratório. Em 1896, com 24 anos de idade, ele especializou-se em
bacteriologia, no Instituto Pasteur de Paris. Onde havia, na época, grandes
nomes da ciência.
Ao
retornar ao Brasil, em 1900, erradicou a epidemia de peste bubônica, no Porto de
Santos, exterminando os ratos, verdadeiros responsáveis pela doença, quando
nenhum sanitarista havia pensado nessa possibilidade. A partir de então, já no
Rio de Janeiro, participou, com sucesso, de diversas campanhas de saneamento.
Em
1903, foi nomeado Diretor Geral de Saúde Pública, cargo equivalente, na
atualidade, ao de Ministro da Saúde. Por esse tempo, o Brasil fora atacado pela
epidemiologia da Febre Amarela, que grande número de médicos e a população acreditavam
ser causada pelo contato com roupas, sangue, suor e secreções do infectado.
Para
incredulidade geral, Oswaldo Cruz afirmou que o transmissor era um mosquito.
Suspendeu as desinfecções e implantou brigadas para eliminação dos insetos
transmissores. Ruas, casas, jardins eram desinfectados, o que gerou grande
reação popular, mas o problema da febre foi resolvido.
Em
1904, quando ocorreu um surto de varíola, Oswaldo determinou a vacinação em
massa da população, o que gerou a chamada Revolta da Vacina. Entretanto,
a epidemia foi controlada. Seu trabalho foi premiado com medalha de ouro, em
1907, pelo XIV Congresso Interamericano de Higiene e Demografia de Berlim.
Somente
em 1909, ou seja, seis anos após sua
nomeação, deixou a Diretoria Geral de Saúde Pública, para dedicar-se ao
Instituto Manguinhos, que foi rebatizado com seu nome. Dali, encaminhou ao
interior do Brasil diversas "expedições científicas", como a que erradicou, no Pará, a febre amarela, e a
que realizou campanhas de saneamento do Amazonas.
A
Academia Brasileira de Letras imortalizou-o em 1913.
A
estrada de ferro Madeira-Mamoré só pôde ser concluída após seu combate à malária,
que vinha sendo responsável pela morte de muitos dos seus operários.
Oswaldo
Cruz ainda foi prefeito de cidade de Petrópolis,
em 1917. Traçou extenso plano de urbanização da cidade, mas não pôde
executá-los, pois desencarnou com a idade de 44 anos, de insuficiência renal,
em 11 de fevereiro daquele ano.[i]
Qual
teria sido sua crença, se é que creu em alguma coisa que transcendesse a
matéria? Isso não importa. Cumpriu com seu dever. E, segundo o Espírito Lázaro:
"O homem que cumpre o seu dever ama a Deus mais do que as criaturas e ama
as criaturas mais do que a si mesmo. É, ao mesmo tempo, juiz e escravo em causa
própria".[ii]
[i] Disponível no site do Ministério da
Saúde. Fonte: Gabriela Rocha/Blog da Saúde. Acesso em 18 maio 2020.
[ii] KARDEC, Allan. O Evangelho Segundo
o Espiritismo. Tradução de Evandro Noleto Bezerra. 2. ed. 7. Imp. Brasília:
FEB, 2018.
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