EM DIA COM O MACHADO 417:
O homem (Jó)
Os verdadeiros espíritas são conhecidos pela
sua tolerância com adeptos de outras religiões. Por isso, apreciam todo trabalho
cristão de qualidade, sendo ou não arte espírita, desde que não contrarie seus
princípios doutrinários. Está lá, na Bíblia: "Examinai tudo. Retende o
bem" – Paulo (1 Tessalonicenses, 5:21).
Pode até haver religião tão tolerante quanto
a espírita, jamais haverá alguma mais tolerante do que ela, no tocante ao respeito, mesmo aos que
não a toleram. O Espiritismo é o Cristianismo restaurado, sem sacerdócio
organizado, sem dogmas, sem rituais. Sua máxima é: "Fora da caridade, não
há salvação".
Na mocidade, quando morei em Salvador, ao
prestar serviço militar no Exército, frequentei a Juventude Espírita Nina
Arueira, coordenada pelo André Luís Peixinho, na época também jovem e já
formado em medicina.
Nas manhãs de sábados, nos reuníamos em sala
do Centro Espírita Caminho da Redenção, fundado pelo tribuno espírita e médium
renomado Divaldo Franco e Nilson Pereira. Meia hora antes de orarmos e
iniciarmos os estudos das obras espíritas de Allan Kardec e de outras obras
religiosas relacionadas ao tema do dia, cantávamos, entre outras músicas gospel,
as músicas de um padre nordestino, cujo nome citarei no final...
Certa ocasião, em bela noite de sono
suave, sonhei que estava dentro do centro, quando alguém me disse:
— Há um jovem lá fora que quer participar conosco
do estudo do Evangelho à luz do Espiritismo.
Sem titubear, respondi-lhe:
— Mande-o entrar, pois o Peixinho já disse
que todo irmão será bem-vindo ao nosso grupo de aprendizes da Doutrina
Espírita.
Incontinenti, o moço foi autorizado. Logo
entrou, já me foi dizendo que fora enviado por Deus, pois a hora era aquela.
— A qual hora você se refere, meu irmão? E
ele respondeu-me:
— À da chegada de um novo Reino...
Então, sem se referir a revolução, disse a
todos ali que desejava mudar estruturas. Não portava arma na mão, mas
convidou-nos a segui-lo.
Fomos com ele à rua e participamos do seu
clamor sublime. Ao povo, ele dizia que o momento era de libertação. Já uma
multidão o acompanhava e, assim como nós, repetia seu chamado divino.
De repente, acordei e ouvi, com lágrimas nos
olhos, o padre Zezinho cantando a música intitulada O Rabi, conhecida
também como: Há um homem lá fora.
Clique aqui, ouça-a, emocione-se, mas não
deixe de atender ao seu chamado
e também conhecer o Espiritismo, que é o Consolador prometido por ele em João,
14:15-18: https://www.letras.mus.br/padre-zezinho/1284170/
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