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quarta-feira, 7 de abril de 2021

 



6 METAMORFOSE 

(Espírito Cruz e Sousa/médium Hernani Trindade Sant'Anna)

            Metamorfose é o título de novo soneto ditado pelo Espírito Cruz e Sousa. Aqui ele deixa clara, metaforicamente, a transformação sofrida pelo ser humano quando reassume sua condição de Espírito, após vencida a prova em sua última existência. As questões 167 e 171 d'O livro dos espíritos, respectivamente, explicam-nos a finalidade e a justiça da reencarnação. Fomos criados para ser perfeitos e, em cada nova encarnação, expurgamos um pouco de nossas imperfeições e adquirimos novas oportunidades de progresso. Pode-se dizer, então, que o ser humano se metamorfoseia. A lagarta torna-se  crisálida e esta, pelo esforço próprio, se libertará do casulo e se alçará aos "céus alcandorados", ou seja, às alturas celestes. É nisso que se baseia o poeta espiritual quando transmite ao novo médium o soneto que este psicografou.

6.1 Sobre Hernani Trindade Sant'Anna

            Hernani nasceu em 2 de novembro de 1926, em Salvador, Bahia. Faleceu em 12 de junho de 2001, no Rio de Janeiro. Foi técnico de contabilidade e bacharel em Direito. Exerceu o cargo de Procurador Autárquico Federal. Publicou diversas obras mediúnicas pela Federação Espírita Brasileira (FEB), entre as quais se destacam: Canções do alvorecer, Correio entre dois mundos, Universo e vida, Notações de um aprendiz e Amar e servir. Pela Editora LAKE, de São Paulo, publicou: A razão e a fé.        

METAMORFOSE

  • Do tempo na encruzada agora agir te vejo,
  • Referto o coração de anseios altanados,
  • No esforço de transpor os pegos torturados
  • Do mal que te afogou outrora em pranto e pejo!
  •  
  • Do amor que apaga e reme todos os pecados
  • Repete até gravar o sublimal solfejo!
  • Fiel serve ao Senhor que te estendeu ensejo
  • De librar-te do abismo a céus alcandorados!
  •  
  • Faz moucos os ouvidos da maldade ao rilho...
  • Atende – por Jesus! – ao rogo que  formulo
  • E firme os pés sangrentos do dever no trilho!
  •  
  • Vê bem que os sonhos d'alma já desato e azulo...
  • Lagarta rastejante já não és, meu filho,
  • Crisálida de gênio no carnal casulo!
  •  
  • (apud PALHANO JÚNIOR; SOUZA, 1994, p. 166) 

 Referências

 KARDEC, Allan. O livro dos espíritos. Tradução de Evandro Noleto Bezerra. 4. ed. 4. imp. Brasília: FEB, 2017.

PALHANO JÚNIOR, Lamartine; SOUZA, Dalva Silva. A Imortalidade dos Poetas "Mortos". Vitória, ES: FESPE, 1994.

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