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sexta-feira, 17 de fevereiro de 2023

 


Ato de submissão e resignação
 
(30) Prefácio
 
            Quando  por algum motivo ficamos aflitos, se lhe procurarmos a causa, descobriremos muitas vezes que foi  nossa imprudência, nossa imprevidência, ou alguma ação anterior. Nesses casos, não devemos nos queixar senão de nós mesmos. Se a causa de uma infelicidade não depende completamente de nenhuma de nossas ações, é uma prova para a existência atual ou uma expiação de falta cometida em existência anterior e, neste caso último, a natureza da expiação pode nos fazer conhecer a natureza da falta, visto que somos sempre punidos por aquilo em que pecamos (cap. 5, itens 4, 6 e segs.).
            Naquilo que nos aflige, só vemos em geral apenas o mal presente, e não as consequências posteriores e favoráveis que nossa aflição possa ter. O bem é frequentemente a consequência de um mal passageiro, como a cura de um doente resulta dos meios dolorosos que se empregam para obtê-la. Em todos os casos, devemos submeter-nos à vontade de Deus, suportar corajosamente as atribulações da vida, se quisermos que elas nos sejam contadas, e que se apliquem a nós estas palavras do Cristo: Bem-aventurados os que sofrem (cap. 5, it. 18).
 
(31) Prece
           
            1. Meu Deus, sua justiça é soberana; todo sofrimento neste mundo, então, deve ter uma causa justa e a sua utilidade. Aceito a aflição que acabo de experimentar como expiação para minhas faltas passadas e como prova para o futuro.
            Bons espíritos que me protegem, deem-me a força para suportá-la sem murmurar; façam que eu a aceite como uma advertência saudável; que ela enriqueça minha experiência; que abata o meu orgulho, a ambição, a tola vaidade e o egoísmo, contribuindo assim para meu adiantamento.
 
(32) Prece
 
            2. Sinto, Meu Deus, a necessidade de pedir-lhe forças necessárias a suportar as provas que me quis enviar. Permita que a luz se faça viva em meu espírito, para que eu possa apreciar toda a extensão de um amor que me aflige porque me quer salvar! Submeto-me com resignação, oh! Meu Deus, mas a criatura é tão fraca que, se você não me sustentar, temo sucumbir! Não me abandone, Senhor, pois sem seu amparo eu nada posso!
 
(33) Prece
 
            3. Elevei o meu olhar a você, oh! Eterno, e me senti fortalecido. Você é a minha força, não me abandone! Ó meu Deus, sinto-me esmagado ao peso das minhas iniquidades! Ajude-me, pois você conhece a fraqueza de minha carne! Não afaste de mim seu olhar!
            Estou devorado por uma sede ardente. Faça brotar a fonte de água viva, que me dessedentará! Que minha boca só se abra para louvá-lo, e não para reclamar das aflições da vida. Sou fraco, Senhor, mas seu amor me sustentará.
            Oh! Eterno, só você é grande, só você é o fim e o objetivo de minha vida! Seja bendito o seu nome, quando me fere, pois você é o Senhor e eu o servo infiel. Curvarei a fronte sem me queixar, porque só você é grande, só você é a meta!


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